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Tiago Leifert vai abandonar a bolsa brasileira e focar em ações nos EUA: será que a estratégia dele funcionaria para você?
Em entrevista recente ao podcast Futurum Talks, o jornalista Tiago Leifert falou sobre sua relação com o universo dos games e da tecnologia. Ao longo da conversa com o apresentador Daniel Zukerman, o convidado revelou também como investe o seu dinheiro e foi categórico: “Vou sair da bolsa brasileira”.
Leifert afirmou estar “cansado de voo de galinha” e que agora só investe em ações de empresas de tecnologia da Nasdaq. “Nos EUA, o mercado é meio independente da política. É muito difícil a política contaminar os americanos”, disse ele.
“A escolha de Tiago Leifert em investir no exterior é compreensível ao considerarmos que as empresas americanas têm fontes de receita em todo o mundo. Cerca da metade das receitas das empresas listadas no índice S&P 500, por exemplo, vem de fora dos Estados Unidos”, comenta Thiago Armentano, analista-chefe de ativos globais do Simpla Club.
De acordo com o especialista, no entanto, ao analisar a estratégia do jornalista, baseada no índice Nasdaq, e as empresas citadas por ele, surge um ponto importante. “Tanto a Apple quanto a Microsoft são investimentos sólidos, mas parece que a carteira de investimentos de Leifert está concentrada em poucas empresas. Isso pode trazer mais volatilidade e riscos para o investidor”, pontua Armentano.
A seguir, confira mais detalhes da carteira do ex-apresentador da Globo e uma breve análise sobre os seus investimentos.
Os fundos de Leifert
“Tenho fundos bons, como o Fundo Verde, do Luis Stuhlberger. Alguns fundos imobiliários. Tenho Kinea, gosto bastante deles. Tenho esses que pagam direitinho todo mês e que me ajudam”, declarou Tiago Leifert, referindo-se ao dividendos mensais.
De acordo com Thiago Armentano, as escolhas de fundos mencionadas “parecem bem feitas, mas é crucial garantir que haja equilíbrio na quantidade de ativos e diversificação em diferentes setores, o que é válido para a carteira como um todo”.
Tiago Leifert e a bolsa: apenas EUA
“Só faço Nasdaq, só bolsa americana, não faço mais aqui”, afirmou Tiago Leifert ao discorrer sobre seus investimentos em ações. Ele explicou sua decisão e disse estar “cansado de voo de galinha”:
“Nos EUA, o mercado é meio independente da política. É muito difícil a política contaminar os americanos. Tenho Apple e Microsoft, que eu peguei na baixa. Não sei se vou continuar com a Apple, mas a Microsoft está voando. Me arrependo, como boa parte dos seres humanos, de não ter Nvidia. Sempre amei a empresa e está cada vez melhor. Tenho Take-Two Interactive, só que eles caíram muito, mas confio no GTA 6, que deve sair em dois anos. Nos EUA, só invisto em empresas de tecnologia”.
De acordo com Leifert, no Brasil, é “tudo muito misturado”. “Acho tudo mambembe. Vou sair da bolsa brasileira. Acho que tenho um ou outro banco. Estou esperando chegar a um número bom, daí eu vendo. Não é muito dinheiro. Vou ficar mais tranquilo (após a venda). Já tive Petrobras, não tenho mais”, revelou ele.
Para o analista-chefe de ativos globais do Simpla Club, entretanto, é válido reconhecer que, ao evitar o mercado brasileiro, há oportunidades perdidas de investir em boas empresas a preços atraentes neste momento. “O setor bancário aqui do país, por exemplo, é conhecido por sua resiliência e inclui algumas das melhores instituições financeiras do mundo. No entanto, a decisão de não investir na Petrobras, considerando o cenário incerto atual, foi acertada”, declarou Armentano.
Tiago Leifert já investiu em criptomoedas
“Coloquei um pouquinho de dinheiro (em criptomoedas) para sentir qual era e não gostei. Eu ainda não consigo investir numa moeda que não tem lastro”, afirmou Leifert. Ele, aliás, se revoltou no passado ao aparecer em uma propaganda sem sua autorização que promovia um golpe com bitcoin.
Na avaliação de Armentano, “quando se trata de investir em criptomoedas, como o bitcoin, pode fazer sentido, desde que seja um percentual pequeno e alinhado com o perfil de risco do investidor”.
Leifert e a renda fixa
Por fim, Tiago Leifert declarou, durante a entrevista ao podcast Futurum Talks, que está na renda fixa e que investia em “inflação”, mas que agora “deu uma segurada”.
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