Títulos isentos, como LCI e LCA, crescem R$ 165,6 bi em 2024 mesmo com mudanças de regras

Mesmo com as mudanças nas regras de produtos isentos, que ampliou de 90 dias para nove meses o tempo mínimo de vencimento dos títulos, produtos como LCI, LCA, CRI e CRA cresceram R$ 165,6 bilhões em 2024.
A alta, assim, é a principal notícia dentro da classe de renda fixa, que segundo a Anbima foi determinante para os números positivos do mercado financeiro no ano passado.
Com o início do ciclo de alta da Selic, que pode chegar perto de 16% em 2025, segundo estimativas de bancos e gestores, o bolo da renda fixa cresceu, como um todo, 18% no ano. Fechou 2024 com R$ 4,32 trilhões, o equivalente a 59,2% do total investido pelas pessoas físicas.
Volumes de LCI e LCA
De um ano para o outro, o volume financeiro aplicado em CRIs e CRAs cresceu 36,4% e 27,3%, respectivamente. As debêntures incentivadas aparecem logo em seguida, com alta de 20,5%.
Já as letras, como LCIs e LCAs, subiram, pela ordem, 12,7% e 13,3%.
Total do varejo
O volume investido pela pessoa física nos segmentos de varejo, alta renda e private banking cresceu 12,6% em 2024 e, assim, chegou a R$ 7,296 trilhões.
No varejo tradicional, para além da LCI e LCA, o incremento foi de 13,6%, para R$ 2,427 trilhões. Já na alta renda houve aumento de 15,4%, para R$ 2,572 trilhões. Enquanto no topo da pirâmide a alta se limitou a 8,7%, a R$ 2,296 trilhões.
A previdência teve destaque no tipo de ativo nas mãos dos investidores, com alta de 18,3%, para R$ 1,2 trilhão. A maior parte do dinheiro do brasileiro, então, segue na renda fixa, com R$ 4,317 trilhões.
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