- Home
- Onde investir
- Investimentos
- Track&Field anuncia programa de recompra de ações; conheça a estratégia
Track&Field anuncia programa de recompra de ações; conheça a estratégia
-
Existem empresas que abrem capital via IPO e aquelas que traçam o caminho contrário
-
Pela OPA, uma companhia pode tirar todas ou uma parte de suas ações da Bolsa de Valores
A Track&Field anunciou a abertura de um programa de recompra de ações sob o qual poderá adquirir até 2,75 milhões de ações preferenciais da companhia, representativas de 0,24% do total de ações emitidas pela companhia e de 4,75% das ações em circulação.
O objetivo do programa é “maximizar a geração de valor para os acionistas por meio de uma administração eficiente de sua estrutura de capital, mediante a aquisição das ações preferenciais de sua própria emissão, para permanência em tesouraria, bonificação ou posterior alienação no mercado, cancelamento, sem redução do capital social da companhia”, informou a empresa.
Qual tamanho da Track&Field no mercado acionário?
A Track&Field tem 54.873.501 ações preferenciais em circulação e 3.012.703 ações preferenciais em tesouraria. Segundo a empresa, não haverá impacto na composição do controle acionário ou na estrutura administrativa da companhia em decorrência do programa de recompra de ações.
O prazo máximo para realização das aquisições, realizadas exclusivamente em Bolsa, é de 18 meses, com início em 30 de junho de 2022 e término em 30 de dezembro de 2023, com intermediação de Merril Lynch Corretora de Títulos e Valores Mobiliários, de acordo com o comunicado.
A aquisição de ações ocorrerá mediante aplicação de recursos disponíveis oriundos da conta de reserva de investimento e capital de giro que, conforme informações financeiras com data base de 31 de março de 2022, dispunha de R$ 81,35 milhões, que são suficientes, diz a empresa.
O que é uma oferta pública de aquisição?
Oferta pública de aquisição (OPA) é algo simples: enquanto de um lado existem empresas que abrem capital via IPO, de outro temos aquelas que traçam o caminho contrário. Pela OPA, uma empresa tira todas ou uma parte de suas ações da Bolsa de Valores.
Qual a diferença entre IPO e OPA?
O IPO é um processo em que uma empresa privada decide abrir o capital e tem as suas ações vendidas pela primeira vez na Bolsa de Valores. Ao fazer esse movimento, uma companhia deixa de ter um dono específico ou um grupo restrito de sócios e passa a ter muitos acionistas, como fundos ou pequenos investidores.
Já a OPA é o processo inverso: é a retirada de ações do mercado e é um processo menos comum no mercado.
Como acontece uma oferta pública de aquisição (OPA)?
Em geral, o processo leva alguns meses. Ao iniciar a oferta pública de aquisição, a empresa precisa comunicar o fato à CVM , aos acionistas e ao mercado.
A oferta pública de aquisição precisa ser intermediada por uma corretora ou distribuidora de títulos e valores mobiliários ou por uma instituição financeira com carteira de investimentos, que se responsabiliza pelas informações prestadas ao mercado e à CVM.
Nesse caso, o acionista majoritário, que é aquele que detém a maior parte das ações da empresa, faz uma oferta aos outros acionistas. Ele leva a proposta ao conselho de administração da empresa e, normalmente, os membros do conselho acabam aprovando.
Esse valor de compra precisa ser aprovado por pelo menos dois terços dos acionistas. Porém, se 10% ou mais discordarem, uma nova assembleia é convocada. Com a aprovação da CVM, a companhia inicia esse processo interno e depois tem toda uma parte formal. Uma OPA não necessariamente significa a compra de 100% das ações. Em alguns casos, como o da Track&Field, o percentual pode ser menor.
Quais são os tipos de OPA?
Existem alguns tipos de oferta pública de aquisição. Esses são os principais: OPA voluntária, OPA para aquisição de controle, OPA concorrente, OPA para cancelamento de registro de companhia aberta, OPA hostil e OPA por aumento de participação. Cada uma tem, além das etapas gerais, características e regras específicas estabelecidas pela CVM.
Quando a OPA é realizada?
Vários fatores podem levar uma empresa a fazer uma oferta pública de aquisição. Se um novo acionista entra e compra uma parte substancial dos controladores, ele pode decidir fechar o capital da empresa. Ou a empresa também pode decidir fechar o capital se entender que suas ações estão muito baratas ou quando ela já se considera consolidada e rentável o suficiente para não precisar de captação de recursos de terceiros no mercado.
BTG realiza OPA do Banco Econômico
Em abril deste ano, o BTG Pactual anunciou a compra do Banco Econômico por um valor não revelado. A instituição se comprometeu a assumir o controle da empresa, que estava em recuperação extrajudicial desde agosto de 1996. Nesta segunda-feira (16), o Banco Econômico informou que sua administração foi comunicada que o BTG Pactual tem a intenção de formular uma oferta pública de aquisição de ações depois da efetiva operação de compra da instituição.
Em uma em uma assembleia geral extraordinária, alguns temas foram discutidos, como o aumento de capital social da companhia e direitos de preferência pelos acionistas. O Banco Econômico enviou o fato relevante à CVM, onde afirma que “oportunamente informará ao mercado e seus acionistas acerca dos desenvolvimentos da operação”.
Santander “deslista” Getnet da B3
Outro exemplo é o da Getnet, que deixou a Bolsa apenas sete meses após a listagem, surpreendendo os analistas de mercado. Havia questões, como problemas de liquidez das ações e ressalvas quanto ao futuro da empresa. No dia seguinte ao anúncio (20 de maio), as ações da credenciadora operaram em forte alta de 23,29%. O Grupo Santander “deslistou” a credenciadora rapidamente. O grupo espanhol fez transações similares envolvendo as ações do Santander Brasil e México, comprando as participações a um preço barato, o que sinaliza a confiança no adquirente e melhora os resultados adiante.
Leia a seguir