Sem tempo? Nossa ferramenta de IA resume para você!
O Serasa Experian revelou que 82 empresas do agronegócio pediram recuperação judicial no primeiro trimestre de 2024, mesma quantidade do ano anterior. A maioria das empresas que solicitaram recuperação judicial são agroindústrias de transformação. Marcelo Pimenta, da Serasa Experian, afirma que esses dados não indicam uma crise generalizada no setor. Ele recomenda que produtores e empresas organizem suas finanças e busquem renegociação de dívidas. O uso de modelos preditivos pode ajudar a identificar empresas em risco e mitigar a concessão de crédito.
O Serasa Experian traz alguns novos dados que apontam o cenário de recuperação judicial do agronegócio no Brasil. Ou seja, as empresas que entraram com esse processo no primeiro trimestre desse ano. E veja só: 82 companhias buscaram esse recurso no período mencionado.
Aliás, essa é a mesma quantidade de empresas que pediram recuperação judicial do agronegócio no mesmo período de 2023. Veja a tabela abaixo:
Vale saber que esse levantamento foi desenvolvido a partir das estatísticas dos processos de recuperações judiciais no agronegócio registradas mensalmente na base de dados do Serasa Experian. Essa informações vêm dos tribunais de justiça de todos os Estados.
Portanto, de acordo com a companhia, estão contemplados nesse levantamento empresas demandantes do recurso analisado que possuem Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE), principal constante no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) da cadeia agro, excetuando os produtores rurais.
Além disso, a análise Estadual é realizada de acordo com a Unidade Federativa atrelada ao CNPJ do demandante.
Recuperação judicial no agronegócio não significa crise
De acordo com Marcelo Pimenta, head de agronegócio da Serasa Experian, esses dados não indicam que estamos vivendo uma crise generalizada no agronegócio brasileiro.
“Isso porque, a maior parte do setor segue atuando normalmente. Ainda assim, seguimos com a recomendação de que os produtores e empresas ligadas ao agro organizem suas finanças. E claro, se necessário, busquem pela renegociação de dívidas. Além disso, temos atualmente soluções como o Agro Score e instrumentos como o Fiagro Reorg, que podem ser acessados para prever instabilidades financeiras e auxiliar na jornada de recuperação econômica”, afirma.
Previsão das finanças pode diminuir recuperação judicial do agronegócio
O estudo também revela que o uso de modelos preditivos pode contribuir na identificação de possíveis empresas que possam pedir recuperação judicial.
Desse modo, segundo informações do Serasa Experian, ao aplicar esse modelo, os credores são capazes de tomar decisões mais seguras. E assim, evitar, indiretamente, o número de requisições do recurso que deve ser utilizado apenas como última opção. Portanto, essa é uma análise que pode mitiga riscos da concessão de crédito.
Recuperação judicial do agronegócio: conheça as empresa mais demandantes
Ainda de acordo com os dados da Serasa Experian, as agroindústrias de transformação, que são aquelas empresas que utilizam como insumo ou matéria-prima algum produto de origem agropecuária, foram as mais demandantes de recuperação judicial do agronegócio. Com o total de 38 companhias dessa área.
Na sequência, vêm os Comércios Atacadistas de Produtos Agropecuários e os negócios de Serviços de apoio à agropecuária. Veja abaixo o número de solicitantes:
Estados que mais pediram recuperação judicial do agronegócio
Para finalizar, o Serasa Experian aponta também que no primeiro trimestre de 2024, tanto o Estado de São Paulo, quanto o Mato Grosso registraram o maior número de CNPJs da cadeia agro que buscaram recuperação judicial.
Em seguida, vieram Paraná, Minas Gerais e Santa Catarina. Confira a quantidade de demandantes por UF no gráfico abaixo: