Com status de celebridade, ex-ministro Paulo Guedes defende ‘teto da dívida’ em evento sobre investimentos no exterior na Faria Lima

Escalado para falar sobre "a importância da diversificação internacional", economista preferiu dar um panorama macroeconômico mundial

Paulo Guedes foi ovacionado durante painel no Avenue Connection (Foto: Rafael Balsemão)
Paulo Guedes foi ovacionado durante painel no Avenue Connection (Foto: Rafael Balsemão)

O ex-ministro da Economia Paulo Guedes foi ovacionado na tarde desta quinta-feira (25) após painel no Avenue Connection, evento em São Paulo dedicado aos investimentos internacionais. Durante quase duas horas, o economista falou para um Teatro B32 lotado, com muitos ouvintes o acompanhando de pé, sobre a ascensão da direita no mundo e da vitória do capitalismo, o qual prefere chamar de “economia de mercado”. Ao discorrer sobre o Brasil, defendeu a criação de um “teto da dívida” no país.

Escalado para falar sobre “a importância da diversificação internacional”, Guedes preferiu dar um panorama macroeconômico mundial. Destacou a questão da imigração como um dos pontos centrais da crise global pela qual passamos atualmente.

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“Ordem econômica de eficiência”

De acordo com o ex-ministro, vivemos até agora “80 anos de progresso”, em uma “ordem econômica de eficiência” que tirou 4 bilhões de pessoas da pobreza. “O capitalismo foi o grande vencedor”, declarou o economista.

Para Guedes, a União Soviética foi a grande perdedora dos últimos anos e, por isso, a ela interessa o tumulto. Como exemplo, citou a guerra contra a Ucrânia. “Toda confusão quem faz é quem está perdendo, o pior aluno da sala de aula”, comparou ele.

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Na avaliação de Guedes, o crescimento da direita remete a um “Ocidente meio tonto procurando lideranças fortes”, diante dos problemas que a globalização trouxe, entre eles, os imigrantes. “Há uma reação conservadora. E a direita conservadora começou a dar respostas concretas”, declarou ele.

Brasil

Em relação ao Brasil, o ex-ministro disse “acreditar no país”. De acordo com Guedes, “o problema do Brasil tem sido gastar muito e gastar mal. Precisaria ter uma meta de dívidas”. “Mas tem muita coisa boa vindo. Quem pode nos atrapalhar somos nós mesmo”, completou o economista.

Entre os pontos positivos para o seu otimismo, Guedes falou que o Brasil pode garantir segurança alimentar para o mundo, além de segurança energética e tecnológica. “Aposto no aperfeiçoamento das nossas instituições e no progresso do nosso país”, disse ele.

Diversificação internacional?

Sobre “a importância da diversificação internacional”, nenhuma palavra. “Queria ser mais específico, mas prefiro parar por aqui. Estou numa fase mais responsável, agora sou um ex-ministro. Tenho que me policiar mais. Uso o método socrático, devolvendo com mais perguntas”, afirmou o economista ao final do painel.

Por fim, Paulo Guedes foi aplaudido de pé, com direito a gritinhos mais exaltados aqui e ali, além de alguns pedidos de “volta”.

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