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Como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil?
Fazer o dinheiro render e se multiplicar sem tanto esforço é uma das grandes vantagens de montar uma carteira de investimentos. “Poupar e ter uma reserva financeira é fundamental para o equilíbrio de um estilo de vida pautado em padrões de consumo. Quando abdicamos de gastar o dinheiro para investir e utilizá-lo no futuro, contamos com um aliado muito forte nesse processo: os juros compostos”, destaca Fábio Cabral, planejador financeiro certificado pela Planejar.
Tradicionalmente, como destaca o especialista, o Brasil possui um dos maiores juros reais do mundo – o que pode ajudar quem investe a multiplicar o dinheiro mais rápido. “Esses juros reais são o resultado da taxa de juros nominal (definida pelo comitê de política monetária) sobre a inflação do consumidor (medida pelo IPCA)”, ressalta. Pensando nisso, fizemos alguns cálculos para ajudar quem já tem um dinheiro e quer multiplicá-lo, entendendo como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil.
Como transformar R$ 50 mil em R$ 100 mil?
Fábio destaca que quando projetamos uma aplicação de R$ 50 mil para obter R$ 100 mil em um determinado tempo, é importante considerar uma variável importante: a taxa de juros para alcançar esse objetivo.
“Partindo de uma aplicação conservadora, focada em títulos de renda fixa (uma mescla de títulos públicos e títulos privados pode ser bem interessante), a rentabilidade deve girar na casa de 0,8% ao mês. Nesse sentido, o prazo para alcançar os R$ 100 mil é de 7 anos e 3 meses”, explica. Portanto, esse cálculo considera o aporte em um produto que renda a atual taxa Selic, de 10,5% ao ano.
Por outro lado, se a rentabilidade do investimento se aproximar de um perfil moderado, com uma carteira em fundos multimercado, ações, fundos imobiliários, entre outros, os juros podem buscar 1% ao mês. “Assim, o prazo para alcançar os R$ 100 mil reduz para 5 anos e 10 meses”, ressalta o planejador.
Já com uma carteira de investimentos mais arrojada, com uma volatilidade será mais alta, essa rentabilidade pode buscar algo como 1,2% ao mês. Logo, o prazo fixa em 4 anos e 11 meses.
O que considerar antes de investir
Mais importante do que se fixar no prazo, na visão do planejador, é entender e respeitar o perfil de investimento do investidor. Isso pois a oscilação pode atrapalhar a paciência para a conquista desse objetivo. “Vale ressaltar ainda alguns aspectos importantes nessa análise. Consideramos os juros nos patamares atuais – essa realidade pode buscar daqui 2 anos, por exemplo”.
Além disso, Fábio destaca que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura. “Rendimentos que prometam ou projetem rentabilidades acima de 1,2% ao mês são altamente arriscadas e devem ser analisadas com extrema atenção”. De acordo com ele, mais do que projetar o prazo para atingimento do objetivo, é primordial escolher uma carteira que preserve o capital para que não corra o risco de perda total do investimento.
Quanto rendem R$ 50 mil na poupança, Tesouro Direto e outros produtos?
Para trazer esses números, utilizamos a calculadora de renda fixa da Inteligência Financeira.
Assim, em 12 meses, considerando uma projeção média, a poupança renderia cerca de R$ 3.085.
Já no Tesouro IPCA+, o retorno seria de R$ 4.915, 85.
Além disso, no Tesouro prefixado, a projeção média anual seria de um retorno de R$ 5.185.
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