Quanto rendem R$ 400 mil em fundos imobiliários, LCI e CRI?

Com a ajuda de um especialista, fizemos os cálculos e desvendamos a rentabilidade desse montante nos principais investimentos imobiliários

Fundos de investimento

6 min.

Ilustração de vários prédios e casas juntos para o texto sobre quanto rendem 400 mil em fundos imobiliários — Quanto rendem R$ 400 mil em fundos imobiliários? E em LCI e CRI? Nós, da Inteligência Financeira, fizemos as contas para você. – Ilustração: Marcelo Andreguetti

PorDaniel Navas Editor-assistente da Inteligência Financeira

10 jul. 2023, 17:49 Última Atualização: 15 maio. 2024, 12:11

Dentro do mundo dos investimentos existem alguns produtos voltados para imóveis. São eles: os FIIs (Fundos Imobiliários), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Desse modo, hoje, vamos revelar quanto rendem R$ 400 mil em Fundos Imobiliários, LCI e CRI.

Mas antes de passarmos para os cálculos, é importante saber um pouco sobre cada um desses investimentos.

O que são FII, LCI e CRI?

Portanto, começamos com a menina dos olhos dessa nossa reportagem:

Fundos de investimentos imobiliários

Os FIIs nada mais são do que uma aplicação coletiva em que os investidores, chamados de cotistas, se unem para investir parte de seus patrimônios no mercado imobiliário.

“O interessante do FII é justamente o investidor conseguir uma diversificação muito maior do que conseguiria sozinho. Isso porque, o patrimônio do fundo é bem maior, uma vez que todos os cotistas depositam na mesma conta”, esclarece Ariel Fernandes, analista CNPI de investimentos e investidor do mercado financeiro.

Além disso, vale saber que os FIIs são considerados renda variável. Ainda assim, diferentemente das ações, que também são renda variável, estão menos sujeitos à volatilidade.

“Isso porque os fundos estão atrelados a inflação, índices, títulos, certificados de recebíveis. Enfim, são inúmeros os investimentos dos fundos, o que nos traz uma segurança um pouco mais consistente do que as ações”, afirma Fernandes.

Então, nesse caso, de acordo com o especialista, os fundos imobiliários são recomendados para investidores cujo perfil é o moderado.

“Afinal de contas, o ativo sofrerá oscilações, porém, como ele está atrelado a títulos diversos, isto gera uma certa segurança para o patrimônio do fundo, e claro, para o investidor. Além disso, como é de característica dos fundos imobiliários, o investidor receberá aluguéis mensais, o que também faz com que o risco seja um pouco mais controlado”, conta.

Letra de Crédito Imobiliário

Já o LCI é um investimento de renda fixa. Esse produto é emitido por instituições financeiras que financiam empreendimentos e atividades do setor imobiliário. Sem esquecer que ao investir em Letra de Crédito Imobiliário, você já fica sabendo os prazos e a rentabilidade.

Portanto, a grande diferença desse produto para outros da renda fixa é que o LCI direciona o dinheiro aplicado por seus investidores no mercado de imóveis.

LCI: tudo sobre o investimento que financia o setor imobiliário

Certificado de Recebíveis Imobiliários

Os CRIs também são títulos de renda fixa. Porém, nesse caso, os produtos são lastreados em operações de crédito ligadas ao setor de imóveis.

Isso quer dizer que os CRIs são exclusivamente emitidos por securitizadoras e, desse modo, representam dívidas captadas por empresas. Geralmente, essas companhias buscam construir um empreendimento, que pode ser um galpão ou um shopping, por exemplo. Portanto, podemos dizer que os CRIs são como pedaços de dívidas que podem ser comprados por investidores.

O CRI deve ser registrado em sistema de registro e de liquidação financeira de ativos autorizados a funcionar pelo Banco Central.

Conheça o CRI, investimento de renda fixa que não cobra Imposto de Renda nem IOF

Quanto rendem R$ 400 mil em fundos imobiliários?

Bem, agora que você já ficou por dentro de cada um dos investimentos, vamos para os cálculos. Ariel Fernandes trouxe para gente quanto rendem R$ 400 mil em fundos imobiliários. Mas, antes disso, ele faz uma ressalva.

“Não há como cravar uma certeza em cima de uma renda variável. O que podemos é trabalhar o passado. Ou seja, olhar com foi a rentabilidade de um FII nos últimos 12 meses. Mas vale lembrar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura”, alerta.

Então, para a nossa simulação, foi usado o fundo HGLG11, focado em galpões de distribuição. Dessa forma, R$ 400 mil teria em 12 meses um ganho de, aproximadamente, R$ 35,4 mil, com uma taxa anual de 8,86%.

“Como de costume dos fundos, o rendimento dos yields é isento. Porém, na valorização das cotas, temos um imposto a ser recolhido em caso de ganhos de 20%”, pontua Fernandes.

Quanto rendem R$ 400 mil em LCI?

A letra de crédito imobiliário tem rendido cerca de 0,8% do CDI. Logo, teremos um rendimento anual de 10,83%, o que renderia, mais ou menos, R$ 43,3 mil, também com isenção de imposto de renda.

“Se fizermos uma comparação entre LCI e FII, fica visível que a taxa anual da letra de crédito é maior. Porém, isso não significa que a LCI é melhor ou pior. Isso varia de acordo com a taxa Selic trabalhada no cenário econômico vigente. E como hoje temos uma Selic a 13,25%, o custo do dinheiro muito caro impacta diretamente nos rendimentos de alguns fundos”, explica o especialista.

Quanto rendem R$ 400 mil em CRI?

Para calcular a rentabilidade de um CRI, basta observar a taxa de juros contratada. “Desse modo, vamos imaginar, por exemplo, que o investimento pague o IPCA mais uma taxa prefixada de 8% ao ano e que a inflação tenha ficado em 4% naquele ano. Nesse caso, alguém que tenha investido R$ 400 mil, receberia R$ 48 mil de rendimentos nesse ano, mais ou menos”, calcula Fernandes.

O que levar em consideração antes de investir

Como em todo investimento, é necessário entender sobre suas aplicações, claro. Afinal de contas, antes de escolher um fundo imobiliário, por exemplo, é importante conhecer um pouco sobre o gestor do fundo, quais tipos de investimentos o fundo realiza, se é mais focado em CRI, CRA, galpão, hospital, banco, varejo etc.

“Portanto, é entender de fato a qual setor está atrelado o patrimônio do fundo. Para que assim o investidor consiga estudar a taxa de vacância – o quanto está ocupado ou desocupado –, o quanto a inflação impacta no fundo. Enfim, avaliar de fato o fundo”, conclui Fernandes.

Quanto rendem outros valores

Nós, da Inteligência Financeira, estamos produzindo diversos conteúdos que comparam a rentabilidade de diferentes ativos. Por isso, para você ficar por dentro, confira só as nossas reportagens:

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