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CDB ou CDI? Entenda a diferença e saiba como usar ambos a seu favor na hora de investir
Investir em CDB ou em CDI? Será que essa pergunta faz sentido? Pois saiba que muita gente ainda se confunde com essas duas siglas centrais para entender a renda fixa. A confusão faz algum sentido, afinal, uma tem relação com a outra e quase sempre aparecem juntas.
Mas não se confunda. São coisas diferentes. A seguir, nós, da Inteligência Financeira, explicamos o que significam esses dois conceitos para que você os domine e, assim, invista melhor o seu dinheiro.
CDB e CDI: qual a diferença?
Primeiramente, você deve saber que pode investir em CDB e ter o CDI como referência de rentabilidade. Enquanto o CDB é um investimento de renda fixa muito conhecido, o CDI é um dos principais índices de referência do mercado financeiro. Vamos aos detalhes.
O que é CDB?
CDB é o Certificado de Depósito Bancário, um título de crédito privado emitido pelos bancos para captar investimentos. Ao comprar um desses títulos, você empresta dinheiro à instituição financeira para receber uma remuneração em juros.
O CDB surgiu na década de 1960, em Nova York. Nos EUA, este instrumento é chamado de CD (certificado de depósito). Foi criado pelo First National City Bank of New York (hoje, Citibank). A ideia era facilitar e agilizar a captação de recursos pelos bancos.
Para investir em CDB, é muito simples. Basta escolher o produto desejado no aplicativo da instituição financeira, informar o valor e confirmar a aplicação.
A taxa de rendimento do CDB pode ser prefixada, pós-fixada ou flutuante, ou seja, atrelada a um índice variável, como o CDI ou o IPCA.
De baixo risco e com opção de liquidez diária (ou seja, dá para retirar o dinheiro aplicado a qualquer momento), o CDB costuma ser uma das primeiras opções para quem está começando a investir. Isso porque oferece um maior rendimento do que o poupança e tem baixo risco.
O que é CDI?
A sigla CDI significa Certificado de Depósito Interbancário. Trata-se de um título que os bancos emitem quando fazem empréstimos diários entre si para garantir seu caixa positivo. Além disso, serve como índice de referência (benchmark) para o mercado de renda fixa.
O custo do CDI é definido pela taxa DI, que é uma média das operações realizadas entre bancos e que acompanha a Selic, definida pelo Banco Central. O CDI costuma ficar muito próximo do valor da Selic Meta, algo em torno de 0,10 abaixo.
O CDI foi criado na década de 1980 para ampliar a liquidez de bancos. Ele funciona como um CDB. Porém, na outra ponta do empréstimo para um banco, está outro banco.
A média da taxa destes empréstimos é a taxa DI, a qual conhecemos como CDI e usamos como parâmetros para os investimentos.
Por regras do sistema financeiro nacional, os bancos precisam terminar o dia com um saldo positivo de transações. Sendo assim, caso o saldo das operações seja negativo, as instituições emitem CDIs para captar nos bancos que têm um caixa positivo o valor necessário e fechar o caixa de forma simples.
No dia útil seguinte, há a compensação do CDI, com o empréstimo corrigido pela taxa DI.
Entre os principais investimentos que acompanham a rentabilidade do CDI estão o CDB, a LC (Letra de Câmbio), o LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) e o LCI (Letra de Crédito Imobiliário).
O que significa rendimento de 100% do CDI?
Quando buscamos um título de renda fixa, podemos comprar produtos que remuneram 100% do CDI, 110% do CDI ou 90% do CDI, por exemplo. Isso significa que vários títulos de renda fixa utilizam a taxa DI como referência para o seu rendimento.
Vamos supor que, nos últimos 12 meses, o CDI tenha ficado em 13%. Isso quer dizer que, se há 12 meses o investidor tivesse comprado um CDB atrelado a uma taxa de 100% do CDI, ele teria agora rentabilidade bruta de 13%.
Agora vamos imaginar que o título pagasse 110% do CDI em 12 meses. Usando novamente o exemplo de CDI de 13%, o investidor obteria uma rentabilidade bruta de 13% (100%) + 1,3% (10%). Ou seja, o investidor teria rentabilidade bruta de 14,3% (110%).
Na hora de aplicar em um CDB, o mínimo aceitável é 100% do CDI para um CDB, de acordo com os analistas. Estamos falando de uma taxa bastante fácil de encontrar nos CDBs de liquidez diária.
Por fim, vale destacar que todos os investimentos que pagam 100% do CDI rendem mais do que a poupança. Isso porque a caderneta sempre rende abaixo da taxa Selic, cujo valor é bem próximo ao CDI.
Afinal, CDB ou CDI?
Já deu para entender que CDB e CDI não são a mesma coisa. Em resumo, a principal distinção entre eles é que o CDB é um produto, enquanto o CDI (ou DI) é uma taxa usada para rentabilizar investimentos. Entre eles, o CDB.
Boa parte dos títulos privados de renda fixa utilizam o CDI como benchmark e marcador de rentabilidade. Sendo assim, a pergunta do título deste texto (“CDB ou CDI?”) não faz muito sentido. Em resumo, você pode investir, sim, em CDB – e também em LCI, LCA e outros produtos com rentabilidade vinculada ao CDI (ou taxa DI). Investir em CDI é que não rola, combinado?
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