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Investidores buscam alternativas seguras e rentáveis em meio a juros elevados. CDBs são títulos emitidos por bancos, com proteção do FGC até R$ 250 mil. Debêntures são títulos de dívida de empresas, sem cobertura do FGC, mas com maior rentabilidade. CDBs pós-fixados rendem cerca de 100% a 120% do CDI, enquanto debêntures de empresas sólidas podem render entre 10% e 15% ao ano. A escolha depende do perfil de risco e objetivos financeiros. Diversificar entre CDBs e debêntures pode equilibrar segurança e rentabilidade.
Em meio a um cenário de juros elevados e incertezas econômicas, investidores buscam alternativas que combinem segurança e rentabilidade. Entre as opções disponíveis no mercado, os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) e as debêntures surgem como escolhas populares. Mas qual desses investimentos é o melhor para o seu perfil de investidor? É importante considerar, nessa decisão, as principais características de cada um desses ativos, assim como seus objetivos financeiros no momento.
Como funcionam os CDBs?
Os CDBs são títulos emitidos por bancos para captar recursos junto aos investidores. Ao investir em um CDB, você está emprestando dinheiro à instituição financeira, que se compromete a devolver o valor aplicado, acrescido de juros, em uma data futura.
Esses títulos podem ser pré ou pós-fixados: no primeiro caso, o investidor já sabe quanto receberá no vencimento; no segundo, a rentabilidade varia de acordo com a taxa Selic ou o CDI. Além disso, os CDBs contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até um limite de R$ 250 mil por CPF e instituição.
E as debêntures, valem a pena?
As debêntures são títulos de dívida emitidos por empresas não financeiras para captar recursos.
Ao investir em uma debênture, o investidor está emprestando dinheiro diretamente para uma companhia, que promete pagar o montante com juros.
Diferentemente dos CDBs, as debêntures não têm cobertura do FGC, o que aumenta o risco desse tipo de aplicação.
No entanto, por se tratar de uma forma de financiamento empresarial, elas costumam oferecer rentabilidades mais atrativas, especialmente as debêntures incentivadas, que possuem isenção de Imposto de Renda.
O investidor, porém, deve ficar atento à saúde financeira da empresa emissora, já que o risco de inadimplência é maior.
Qual rende mais: CDB ou debênture?
Com a Selic atualmente em 10,75% ao ano, os CDBs têm se mostrado uma alternativa atraente para investidores que buscam segurança e rentabilidade.
Em geral, os CDBs pós-fixados atrelados ao CDI, que segue a Selic, podem render cerca de 100% a 120% do CDI.
Já os CDBs pré-fixados oferecem uma taxa fixa de retorno que também acompanha a tendência de alta dos juros, podendo superar 13% ao ano, dependendo do emissor e do prazo da aplicação.
Por outro lado, as debêntures, por não estarem vinculadas diretamente à Selic, podem oferecer rendimentos mais atrativos, especialmente as incentivadas, que possuem isenção de Imposto de Renda.
No cenário atual, debêntures de empresas sólidas podem render entre 10% e 15% ao ano, com algumas opções mais arriscadas oferecendo taxas ainda maiores.
Bruna Pacheco, especialista em mercado de capitais e sócia da GT Capital, explica que a decisão entre os CDBs ou debêntures depende de diversos fatores.
O perfil de risco é um deles. “Se você tem um perfil conservador e prefere segurança, os CDBs são geralmente mais adequados. Se está disposto a correr mais risco em busca de maior rentabilidade, as debêntures podem ser interessantes”, ressalta.
Além disso, o objetivo de investimento também pesa na escolha. “Se você precisa de liquidez a curto prazo, CDBs podem ser a melhor opção. Para investimentos de médio a longo prazo, debêntures podem oferecer melhores retornos”, explica a especialista.
Por fim, ela dá a dica: é sempre importante diversificar. “Combinar CDBs e debêntures pode equilibrar segurança e rentabilidade em sua carteira. A melhor opção está relacionada ao perfil de investidor, horizonte de investimento e objetivos.”