Com a renda fixa em alta, muitos investidores se perguntam: é hora de focar toda a carteira de investimentos nela? Tudo depende do seu perfil e do seu momento. “Você precisa levar em consideração seu apetite ao risco e o quanto consegue conviver com a carteira fora da renda fixa. De um modo geral, é sim um bom momento para pensar nessa modalidade de investimento”, ressalta Ricardo Hiraki, educador financeiro e diretor da Plano Fintech de Educação Financeira.
Em que investir?
Segundo Ricardo, mesmo na renda fixa, a dica é diversificar. “A renda fixa se tornou atrativa, principalmente para o investidor que não quer arriscar hoje. Mesmo assim, existem diversos caminhos para investir. Comprar títulos prefixados ou atrelados à inflação pode ser interessante. Você também pode comprar títulos públicos, CDBs ou até mesmo cotas de fundos de investimento”, explica.
Inclusive, de acordo com a Anbima, os fundos de renda fixa tiveram captação recorde em 2021. Só no ano passado, com o aumento da taxa básica de juros, foi captado um volume próximo a R$ 369 bilhões pelas gestores de fundos, com a renda fixa responsável por 58,1% do total — foram R$ 251, 2 bilhões captados.
Mesmo sendo aplicações mais previsíveis, até mesmo a renda fixa tem seus riscos. Além de diversificar, segundo Ricardo, enxergar o tempo de cada produto é fundamental. Ou seja: fique de olho na liquidez do ativo e, sempre que possível, obedeça os vencimentos. “O investidor deve tomar um certo cuidado e ficar atento aos prazos. Considerando que a Selic tende a cair no ano que vem, pode ser arriscado comprar títulos muito longos”, ressalta.