Milionários de olho na liquidez: fundos de renda fixa voltam a brilhar nas carteiras de alta renda

Unindo liquidez, rentabilidade e segurança, fundos de renda fixa retomam espaço nas alocações dos investidores de alta renda

Discretos e conservadores, os fundos de renda fixa voltaram com tudo. Impulsionados pelo juro alto e pela valorização da liquidez, esses fundos estão reconquistando espaço nas carteiras de quem mais tem dinheiro: os investidores de alta renda.

O novo charme do velho conhecido

De acordo com dados da Anbima, o volume investido pelos brasileiros pessoas físicas bateu R$ 7,3 trilhões no fim de 2024 — uma alta de 12,6% sobre o ano anterior.

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    No segmento private, que concentra investidores com mais de R$ 5 milhões aplicados, o salto foi de 8,7%, totalizando R$ 2,3 trilhões. E o destino preferido desse dinheiro? A boa e velha renda fixa.

    O total aplicado em produtos da modalidade cresceu 18% no ano, encerrando 2024 com R$ 4,32 trilhões — 59,2% de todo o capital das pessoas físicas.

    E dentro dos fundos, o domínio é claro: os fundos de renda fixa representaram 45,6% do volume aplicado, com um crescimento de 36,5% no ano, chegando a R$ 789,6 bilhões.

    Por que fundos de renda fixa voltaram para o radar?

    Andressa Bergamo, especialista em investimentos e sócia-fundadora da AVG Capital, explica que a volta dos fundos de renda fixa nas carteiras do investidor de alta renda tem relação com a Selic em patamar elevado e uma combinação muito atraente desse tipo de investimento: baixo risco, boa rentabilidade e liquidez.

    Ela aponta também uma mudança no comportamento dos investidores — inclusive os de maior patrimônio. “Há uma valorização maior da eficiência e o investidor está mais atento à importância da liquidez.”

    Nesse sentido, os fundos de renda fixa viraram uma “caixinha de agilidade“: servem para reserva, para transições ou para deixar o caixa rendendo. Afinal, deixar dinheiro parado em conta ou em produtos ruins virou quase um pecado.

    De acordo com a especialista, para quem já tem CDBs e Tesouro Selic, o fundo de renda fixa pode complementar o portfólio, mas é preciso que ele ofereça liquidez mais eficiente e tenha um custo compatível.

    Mais atenção, menos distração

    Mas nem todo fundo de renda fixa é igual — e o investidor atento sabe disso. Segundo Andressa, é fundamental analisar a taxa de administração. Acima de 0,3% já começa a corroer retorno.

    Além disso, observar o prazo de cotização e liquidação (D+3, por exemplo, pode ser um problema) e o rendimento líquido comparado com Tesouro Selic e CDBs.

    “Hoje, a escolha pelo fundo de renda fixa precisa ser racional. Ele pode fazer todo sentido, principalmente quando o investidor valoriza agilidade”, explica a especialista. Mas ele precisa que ser competitivo. Fundo ruim e com taxa alta já não passa no crivo do investidor AB.

    Os fundos de renda fixa vieram para ficar?

    Apesar de o cenário atual favorecer a renda fixa, o movimento não parece ser só conjuntural. “Mesmo com uma eventual queda na Selic nos próximos meses, vejo os fundos de renda fixa ocupando um espaço mais permanente. O investidor está mais consciente da importância de ter liquidez estratégica”, diz Andressa.

    E isso vale ainda mais para quem tem muito patrimônio e precisa pensar em janelas de liquidez, oportunidades e movimentações táticas.

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