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‘Melhor ficar aplicado em juros neste momento’, diz gestor de R$ 12,7 bilhões; saiba como turbinar sua renda fixa

Para Bruno Serra, ex-diretor do BC e atual gestor do Itaú, taxa Selic deve terminar o ciclo abaixo das expectativas. Com isso, ganha quem entrar aplicado em juros neste momento
🤖 Leia o resumo feito pelo Flash, nossa ferramenta de Inteligência Artificial
  • Gestores de grandes fortunas recomendam investimento em renda fixa para 2025.
  • Projeção: Selic para de subir antes dos 15%, podendo cair para 10%.
  • Títulos pré-fixados de CDI são sugeridos para ganho com a marcação a mercado.
  • NTN-F (Tesouro Prefixado 2035) com 15,02% de retorno é opção acessível.
  • Especialistas consideram a valorização do real e desaceleração da inflação.
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Questionado no último PodInvestir, o podcast original da Inteligência Financeira, sobre uma estratégia de investimento para este momento de 2025, o gestor Bruno Serra, da família de fundos Janeiro, do Itaú Asset, foi direto ao ponto. “Melhor ficar aplicado em juros no Brasil neste momento”.

Trocando em miúdos, Serra, que já foi diretor de política monetária do Banco Central (BC), indica que, para ele, a taxa de juros Selic vai parar de subir antes do patamar de 15%, atualmente projetado pelo mercado financeiro.

Hoje, no pregão de juros da B3, o mercado trabalha com juros futuros próximos de 15,40% ao ano. Mas, para Serra, que administra R$ 12,7 bilhões (R$ 7 bilhões apenas em renda fixa), o BC vai suspender a política de aperto para a Selic um pouco antes do patamar de 15%. E, se tudo correr conforme ele espera, pode começar a cortar juros ainda em 2025 e derrubar bem mais do que se espera.

Com isso, quem tiver na mão esses papeis sobretaxados, vai perceber uma valorização. Isso, caso não se desfaça dos títulos antes do prazo de vencimento. É o que os operadores chamam de “ganhar com a marcação a mercado“.

“Acho que tem um pouco pra ganhar nesse prefixado curtinho”, concorda José Rocha, diretor de investimentos da Dhalia Capital, com R$ 2,2 bilhões sob gestão.

“(O juro longo) está precificando uma Selic terminal de 15,37%. Se parar em 15%, ganha esse diferencial”, explica Rocha.

Operar renda fixa tem seus riscos

Isso tudo parece muito complicado, e é um pouco. Mas para o investidor comum, aquele que pensa neste momento onde aplicar aquele dinheiro extra, o que esses profissionais estão dizendo é: compre um título pré-fixado de CDI e venda na hora que o mercado começar a estimar os juros abaixo de 15%.

Óbvio que não é um call garantido. Operar renda fixa, dizem os especialistas, é um negócio complicado e sujeito a fortes oscilações.

Para eles, o dólar está perdendo força com o fenômeno Donald Trump, que dá indícios de que quer segurar a atividade econômica dos Estados Unidos.

O real, como consequência, vai se valorizando um pouco. E, assim, os economistas estima uma melhora pontual na inflação. Com a alta dos preços desacelerando e a esperada redução no crescimento do PIB brasileiro para o final do ano, o BC pode suspender os juros antes do que o mercado prevê. É isso.

Como o investidor comum ganha com isso?

O economista Jayme Carvalho, da Super Rico, lembra que os investidores de varejo não têm acesso a tantos produtos como os institucionais.

Assim, não dá para lucrar com uma Selic precificada a 15,37%. Mas, neste momento, no site do Tesouro Direto, há um NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F) que paga 15,02%.

Esse título pode ser encontrado como Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035. “Essa é a forma do investidor entrar aplicado em juros neste momento”, afirma Carvalho.

De volta a Bruno Serra, dos fundos Janeiro, no PodInvestir. Ele disse que a Selic, num cenário positivo, pode descer a 10% num futuro processo de normalização monetária.

Se isso acontecer, ele está falando em adicionar cinco pontos percentuais num título do Tesouro Direto. Nada mal, hein?

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