Selic em alta e renda fixa aquecida: ainda existem boas oportunidades para começar?

Com a Selic em alta, atualmente em 14,25% ao ano, a renda fixa segue como protagonista na carteira de investidores que buscam boa rentabilidade com segurança.
“O patamar elevado da taxa de juros possibilita uma rentabilidade atrativa com baixo risco, tornando essa classe de ativos uma excelente alternativa para preservação de capital e obtenção de retornos consistentes”, explica Grazzielle Feilstrecker. Ela é especialista em investimentos e sócia da The Hill Capital.
A boa notícia para quem ainda não começou a investir na modalidade é que há tempo de aproveitar boas oportunidades. Mesmo que o ciclo de alta dos juros chegue ao fim, o que vai ocorrer em algum momento, investimentos atrelados à inflação e prefixados podem oferecer boas janelas de rentabilidade.
Para Jeff Patzlaff, que é planejador financeiro, o momento é oportuno para investidores de diferentes perfis.
“Com juros mais altos, títulos como Tesouro Direto, CDBs e LCIs e LCAs passam a oferecer retornos superiores. Além disso, esses ativos garantem previsibilidade e segurança, características valorizadas em momentos de incerteza econômica”, destaca.

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Onde investir no curto prazo?
Para quem busca opções seguras e de alta liquidez, os especialistas recomendam:
- Tesouro Selic: ideal para reserva de emergência, já que acompanha a taxa básica de juros e permite resgates a qualquer momento.
- CDBs com liquidez diária: emitidos por bancos sólidos, alguns oferecem rentabilidade acima de 100% do CDI. “O investidor precisa apenas garantir que o emissor esteja dentro do limite de cobertura do FGC”, ressalta Patzlaff.
- LCIs e LCAs (a partir de 9 meses): isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, são boas alternativas para quem busca segurança e rendimento líquido mais elevado.
“Esses ativos permitem que o investidor aproveite a Selic alta sem comprometer a liquidez, facilitando o resgate conforme necessário”, complementa Patzlaff.
E no médio e longo prazo?
Para investidores que pensam além do curto prazo, os especialistas indicam diversificação entre títulos atrelados à inflação e oportunidades de maior rentabilidade. As principais sugestões incluem:
- Tesouro IPCA+: oferece taxa prefixada somada à variação da inflação, garantindo rentabilidade real ao longo do tempo.
- CDBs prefixados e LCIs/LCAs de longo prazo: proporcionam previsibilidade de rendimento e são interessantes para quem busca retornos acima da inflação.
- Debêntures incentivadas: isentas de Imposto de Renda para pessoas físicas, são uma alternativa atrativa, mas exigem análise do risco de crédito da empresa emissora.
- Fundos de crédito privado: podem agregar maior retorno ao portfólio, investindo em ativos corporativos.
- Previdência Privada (PGBL/VGBL): alternativa para quem busca uma boa solução para aposentadoria, planejamento sucessório ou diversificação de portfólio.
“Manter parte da carteira atrelada à inflação protege o investidor contra a perda de poder de compra”, aponta Patzlaff. Ele também sugere a inclusão de fundos multimercados, que combinam renda fixa, ações e câmbio, para equilibrar riscos e retornos.
Diversificação é a chave para investir com a Selic em alta
Mesmo com a renda fixa em evidência, os especialistas reforçam a importância de uma carteira equilibrada. “O melhor ativo de um mês pode não ser o melhor nos próximos. Ter um pouco de cada estratégia evita que o pior investimento do período seja a única aplicação do investidor”, alerta Patzlaff.
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