Tesouro: demanda do mercado justifica aumento na previsão da participação dos papéis pós-fixados na DPF

Participação esperada para os títulos pós-fixados na DPF é de 43,0% a 47,0%, ante o intervalo de 40,0% a 44,0% divulgado em janeiro

O Tesouro Nacional explicou que o aumento na previsão da participação dos papéis pós-fixados (LFT) na emissão da Dívida Pública Federal (DPF) em 2024 é fruto da maior demanda do mercado por esses títulos, já que os investidores estão buscando ativos de menor risco.

“Nos primeiros dois quadrimestres de 2024, o apetite por LFT, títulos indexados à taxa Selic, aumentou devido às incertezas sobre a política monetária nos EUA. Tais incertezas afetaram os mercados emergentes, pressionando as taxas de câmbio e aumentando a aversão ao risco”, disse o Tesouro, em nota.

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“Neste contexto, e considerando que as LFT trazem ganhos em termos de maior prazo médio, o Tesouro decidiu aproveitar a demanda adicional e ampliou a emissão desses títulos em relação ao previsto originalmente no PAF”, completa a Secretaria do Ministério da Fazenda.

A participação esperada para os títulos pós-fixados na DPF é de 43,0% a 47,0%, ante o intervalo de 40,0% a 44,0% divulgado em janeiro no Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública de 2024. Os números foram revisados nesta quarta-feira (4).

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Com maior previsão de pós-fixados, o Tesouro diminuiu a proporção esperada para os títulos com taxas prefixadas (LTN e NTN-F) e indexados a índices de preços (NTN-B). Os papéis prefixados devem registrar participação entre 22,0% e 26,0% do total (ante 24,0% e 28,0%). Já os atrelados a índices de preços devem ficar entre 25,0% e 29,0% da DPF (ante 27,0% e 31,0%).

“Mudanças tributárias e de comportamento dos agentes econômicos também afetaram o mercado de NTN-B, levando o Tesouro Nacional a atuar com mais cautela”, explicou a secretaria.

“Essa estratégia se mostrou mais relevante diante do menor espaço para colocações de NTN-B, que são títulos mais longos. Além disso, contribuiu para manter a posição de caixa para a gestão da dívida (o colchão de liquidez) acima do nível prudencial ao longo de todo o período”, completou.

O Tesouro destacou, ainda, que os novos limites de referência do PAF 2024 possibilitam “uma estratégia mais alinhada às condições de mercado e sem trazer pressão adicional para a formação dos preços dos títulos a serem oferecidos ao longo o último quadrimestre do ano, contribuindo, em última análise, para o bom funcionamento do mercado de títulos públicos”.

Com informações do Valor Econômico

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