Petrobras, Klabin e Embraer: as escolhas do BTG para aproveitar a alta do dólar neste momento

Relatório do banco avalia quais são as empresas brasileiras que ganham e as que perdem com a valorização da moeda americana

Saiba as ações recomendadas pelo BTG Pactual para aproveitar o cenário de dólar forte e real fraco. Foto: Getty Images
Saiba as ações recomendadas pelo BTG Pactual para aproveitar o cenário de dólar forte e real fraco. Foto: Getty Images

Quais são as ações da bolsa de valores brasileira que têm mais a ganhar com a alta do dólar? As companhias exportadoras, é claro. Essa é a resposta do BTG Pactual em relatório divulgado nesta quinta-feira (13). A análise do banco vem após a divisa americana superar a barreira de R$ 5,40, marcando uma valorização acima de 10% contra a moeda brasileira no acumulado de 2024.

Então, o BTG reitera no relatório que o cenário de dólar forte e real fraco é geralmente positivo para os exportadores brasileiros. Já que grande parte de suas vendas é em dólares americanos, enquanto a maior parte de seus custos é em reais, explica o banco.

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“Suzano e Vale aparecem aqui como destaques, com 100% de suas receitas em USD (vs. ~35% e ~60% de seus custos). Klabin também é uma boa opção. Observamos, no entanto, que a decisão da Suzano de considerar uma oferta pela International Paper é o principal catalisador das ações no curto prazo”, diz o BTG.

“Os players de petróleo e gás também se beneficiam muito com um real mais fraco. A Petrobras tem ~80% de suas vendas em dólares americanos (100% se assumirmos que as vendas de gasolina/diesel seguem os preços internacionais) e ~50% de seus custos”, prossegue o banco.

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“A Prio, empresa privada de P&G (petróleo e gás), tem 100% da sua receita em dólares americanos (vs. 50% dos custos em dólares americanos), enquanto a fabricante de aeronaves Embraer tem 93% de suas vendas em dólares americanos e 83% de seus custos”, acrescenta a instituição.

O que explica o dólar a R$ 5,40?

Para o BTG, as preocupações fiscais internas estão mantendo o real sob pressão. O banco registra que a moeda brasileira até aqui apresenta um desempenho inferior ao de divisas de todos os pares de mercados emergentes.

“Apesar das contas externas (superávits comerciais recordes e um déficit da balança corrente facilmente financiado pelo IDE), as preocupações fiscais, juntamente com as taxas de juro relativamente elevadas dos EUA a 10 anos, estão gerando uma pressão adicional sobre o real.”

Agro também carona

Na sequência, o BTG lista outros setores da economia brasileira que se beneficiam da alta do dólar. Os players do agronegócio, destaca o banco, também tendem a aproveitar o momento. Pois a maioria dos produtos que vendem são cotados em dólares americanos, mas produzidos localmente.

“Aqui destacamos SLC (96% das vendas em dólares vs. 60% dos custos), enquanto Sâo Martinho e Jalles Machado têm ~50% das vendas em dólares e 36% dos custos.”

“Frigoríficos como a JBS também têm uma grande parcela da receita em dólares. Mas como as suas operações estão espalhadas por todo o mundo, uma grande parte dos seus custos também é dolarizada. Ainda assim, os resultados financeiros denominados em reais são favorecidos à medida que os lucros em USD são convertidos para reais.”

Alta do dólar é ruim para…

No outro lado da balança, o BTG avalia que as companhias aéreas e alguns varejistas sentirão o impacto de um real mais fraco.

“As companhias aéreas Gol e Azul estão entre as mais afetadas por um real mais fraco, já que a maior parte de suas vendas é em reais (~80%), enquanto a maior parte de seus custos caixa (~50%, principalmente combustível) é em dólares americanos.”

“Alguns varejistas de vestuário, como Renner, C&A e Hering, têm parte de seus custos em dólares americanos (~30%) e suas margens podem ser prejudicadas.”

As escolhas do BTG

Por último, o BTG aponta as principais escolhas em um cenário de valorização do dólar.

“Nossa equipe selecionou ações que acreditam ser teses interessantes para exposição a um real mais fraco. Nossos nomes preferidos são Embraer, Klabin, Prio, JBS e SLC. Enquanto Vale, Gerdau e Petrobras são outras opções interessantes.”

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