Veja as 10 ações recomendadas por especialistas para investir em outubro

Bancos e gestoras de investimento apontam ações recomendadas para o mês

Confira as recomendações de especialistas para investir em ações - Ilustração: Renata Miwa
Confira as recomendações de especialistas para investir em ações - Ilustração: Renata Miwa

Depois de uma alta discreta, de 0,47%, em setembro, acumulando 4,97% no ano, o Ibovespa deve atravessar o mês de outubro com volatilidade semelhante ao mês anterior, é o que apontam os relatórios de alguns bancos e gestoras de investimento.

Em setembro, o aperto monetário por parte dos bancos centrais causou alguns tremores nas opções de renda variável, mas alguns setores encontraram espaço para avançar, como construção civil e educação, com a possibilidade de uma mudança política que favoreça especificamente essas atividades.

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E a perspectiva para outubro é que o cenário se mantenha um tanto instável por conta da persistência da inflação no mundo e o consequente aumento dos juros, além das incertezas eleitorais. Mas há possibilidades interessantes na Bolsa, tendo em vista que o Ibovespa continua a negociar em patamares mínimos dos últimos anos.

Confira as dez ações recomendadas para o mês de outubro.

Eletrobras (ELET6)

A Guide Investimentos inclui a ação preferencial da Eletrobras em seu relatório de indicações para outubro.

“No segundo trimestre de 2022, a Eletrobras apresentou forte melhora operacional, porém impactada negativamente pela provisão para perdas em investimentos no montante de R$ 890 milhões”, explica a Guide.

A perda é resultado, principalmente, “do aporte de capital realizado por Furnas na SPE Santo Antônio Energia, pelas provisões de inadimplência e dívida da Amazonas Energia, somando R$694 milhões de despesas de PCLD e R$625 milhões por variação cambial da dívida da distribuidora, afetando o resultado operacional positivo da companhia”, diz.

Petrobras (PETR4)

A empresa brasileira de capital misto, uma das maiores produtoras de petróleo e gás do mundo, tem ações recomendadas pela Guide com base na continuação dos bons resultados apresentados no trimestre anterior.

“A Petrobras entregou novamente números bastante fortes referentes ao segundo trimestre de 2022, bem acima do esperado pelo mercado”, afirma. O número foi “impulsionado pelo elevado preço do Brent, que foi 12% mais alto, além das maiores margens de derivados e de gás natural”.

“Vale ressaltar o aumento das exportações à Europa que a Petrobras capturou, em virtude da guerra na Ucrânia, que fez com que as exportações russas fossem redirecionadas para os mercados asiáticos”, diz a Guide.

Grupo Soma (SOMA3)

“Decidimos aumentar nossa exposição ao Grupo Soma. Vemos a empresa bem-posicionada para continuar seu movimento de expansão de vendas e ganho de participação de mercado”, diz relatório da Ativa Investimentos.

O documento afirma ainda que isso se dá devido ao “sólido histórico de desempenho de suas marcas mais antigas e o consistente crescimento das marcas novas somados aos efeitos da redução dos níveis de ruptura e ganhos de sinergia em Hering”.

“A estratégia do Grupo Soma se baseia em seu plano de reunir um portfólio de marcas, com foco no segmento premium, porém, abrangendo diferentes perfis de consumidores com cada marca e sua proposta. O foco da companhia hoje é dividido em três vertentes: expansão da Farm Global, aceleração do crescimento da NV e reestruturação da Hering. Dessa forma, seguimos acreditando no case e no potencial de geração de valor das marcas do grupo”, acrescenta o relatório.

Vale (VALE3)

Os ativos da Vale entram como ações recomendadas, segundo a Guide, “apesar de já esperarmos números mais fracos em virtude dos menores preços (de minério de ferro)”, de acordo com a empresa.

A Guide diz que a pressão de custos e despesas fizeram com que as margens encolhessem, “entretanto, esperamos uma descompressão no médio prazo”’, avalia.

Os principais riscos são: (i) desaceleração da demanda mundial de minério, principalmente com arrefecimento de planos de desenvolvimento, como dos EUA; (ii) variação da taxa de câmbio dólar/real; (iii) riscos ambientais, como rompimento de barragens e poluição ambiental; e (iv) risco de paralização causada por chuvas.

B3 (B3SA3)

“Estamos incluindo a B3 na carteira por entendermos que após as incertezas do período eleitoral, devemos observar um fluxo de capital intenso entrando na bolsa independente do ganhador das eleições”, diz a Ativa.

A gestora acrescenta que o valuation atrativo, o ciclo de aperto monetário adiantado em relação aos demais países, além de uma posição favorável ao momento da economia mundial sustentam a tese que favorece investimento na B3.

Hapvida (HAPV3)

A Ativa também destaca a Hapvida como empresa com boas chances de retorno. “Embora com sinistralidade ainda acima da média histórica, acreditamos que o pior para Hapvida já passou”, avalia.

“O repasse nas mensalidades dos planos de saúde, em conjunto com a normalização da variação do custo médico-hospitalar (VCMH) tende a melhorar esse índice”.

Além disso, o aumento no número de beneficiários de saúde, que está correlacionado com a melhora na taxa de desemprego do país, também contribui.

“Por fim, acreditamos que o modelo verticalizado da Hapvida é ganhador no longo prazo, onde momentos delicados para o setor, como foi o caso dos últimos trimestres, permitem a empresa acelerar sua consolidação”, diz o relatório.

“Em nossa visão, a companhia pode apresentar maiores evoluções nos próximos trimestres a partir de otimizações, por conta da recente privatização, com a empresa podendo focar em ativos mais rentáveis e uma otimização dos custos operacionais e com pessoal”, detalha.

Lojas Renner (LREN3)

Outro ativo entre as ações recomendadas pela Guide é da varejista Renner. E o destaque é o fato de a companhia estar capitalizada após o follow-on e suas futuras aquisições, sempre baseadas nos pilares de inovação, ESG e digitalização, devem suportar o crescimento inorgânico e a formação desse ecossistema, o transformando em uma plataforma one-stop-shop.

Os números do primeiro trimestre de 2022 apresentaram uma sólida melhora em relação ao mesmo período do ano anterior, por conta de impacto causado pela mobilidade restrita decorrente da Covid, diz a Guide.

“A receita líquida do varejo cresceu 63% ao ano, para R$ 2,2, com o canal digital representando 15% do GMV da rede (contra 12% no trimestre anterior). A receita líquida da marca Renner cresceu 64% ao ano, enquanto as vendas da Youcom e Camicado (marcas que pertencem ao grupo) cresceram 122% e 34 ao ano”, relata.

“Esperamos resultados sólidos, superiores aos níveis pré-pandêmicos, dada a melhora da omnicanalidade da Renner, além da retomada do fluxo em shoppings”, avalia.

“Esperamos a entrada em operação de novos poços a médio prazo, contribuindo para o aumento na produção. No curto prazo, alguns triggers: (i) continuidade da venda de ativos não estratégicos; (2) avanço do projeto de desinvestimento das refinarias; (3) perspectiva de novos anúncios de dividendos”, conclui o relatório da empresa.

Weg ON (WEGE3)

A WEG, companhia de equipamentos eletroeletrônicos, atuando principalmente no setor de bens de capital com soluções em máquinas elétricas, automação e tintas, para diversos setores, também está entre as ações recomendadas da Guide. “A companhia possui como estratégia de crescimento três pilares: identificação de novas tendências de produtos; investimento em inovação e renovação e portfólio e atuação global”, explica.

“A companhia tem apresentado desempenho consistente nos últimos anos, com interessante crescimento de receita aliado à evolução do retorno sobre o capital investido, tendo se mostrado resiliente aos efeitos da pandemia devido à diversificação geográfica de sua atuação e em seu portfólio de produtos”, completa o relatório.

Entre as vantagens competitivas da Weg, a Guide cita: “exposição de receita a diferentes regiões geográficas que possibilita um resultado consolidado com maior estabilidade e vantagem sobre os players exclusivamente nacionais em momentos de deterioração da atividade econômica brasileira; flexibilidade de produção que permite à companhia planejar sua atuação de forma a aumentar sua exposição a segmentos de produtos e geografias que ofereçam as melhores perspectivas de crescimento e; possibilidade de fornecimento de lotes de produtos customizados de maneira competitiva”.

Cyrela (CYRE3)

O Itaú BBA passou a incluir Cyrela no seu rol de ações recomendadas. “Nosso time de construção civil elevou a recomendação de Cyrela de neutra (desempenho em linha com a média do mercado) para compra, com base em assimetrias positivas na tese de investimento da companhia”, explica o banco.

A primeira das assimetrias positivas diz respeito à curva de juros, que “está incorporando um prêmio de risco elevado, que historicamente diminui após eleições presidenciais”, explica o relatório do banco.

Um segundo ponto é o “posicionamento leve, uma vez que os investidores estão pouco alocados na ação e ela está entre as cinco principais posições short (vendida) no mercado acionário brasileiro”, avalia.

“Por último, vemos uma assimetria favorável na dinâmica micro, tendo em vista que o pior parece ter ficado para trás em relação aos resultados, com menor probabilidade de riscos de calda na frente operacional e estabilização da margem bruta”, conclui o relatório.

Suzano (SUBZB3)

A Órama recomenda para a carteira de outubro a Suzano, avaliando que a companhia “possui diferenciais competitivos bastante fortes, em especial no cultivo e manejo de florestas. As regiões de plantio propiciam crescimento bastante acelerado, o que se soma às variedades de eucalipto com perfil genético diferenciado que são cultivadas pela companhia. As unidades produtivas são relativamente bem localizadas em relação às florestas, e com isso a companhia consegue custos bastante baixos. Devido à grande escala, a parte logística também acumula vantagens de custo”, diz o relatório da empresa.

“A Suzano mantém endividamento adequado, operando num múltiplo de 2,3x dívida líquida/EBITDA”, acrescenta a Órama.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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