Os ETFs caíram na graça dos brasileiros. Hoje mais de 500 mil investidores já têm o produto em carteira e, apenas nos últimos dois anos, mais de 100 novos produtos foram lançados no país. Eles são bem vistos por quem quer investir em um produto só, mas já com uma carteira diversificada. São também conhecidos por permitir aos investidores aplicarem dinheiro em temáticas de investimentos específicas.
De novembro a janeiro, quem se deu bem foi o investidor que tinha em carteira o ETF que replica o índice de Materiais Básicos (IMAT), composto por ações de empresas de maior negociabilidade e representatividade do setor de materiais básicos (commodities e matérias-primas). É o que mostra levantamento feito pela Teva Índices, desenvolvedora de índices para o mercado de ETFs no Brasil, a partir de dados disponibilizados pela B3. O código de negociação deste ETF é MATB11. Este ETF foi o que mais rendeu no trimestre: 14,90% no acumulado dos três meses, ainda que em janeiro não teve o melhor desempenho (+0,50%).
O segundo mais rentável do período analisado foi o BTG PACTUAL TEVA AÇÕES COMMODITIES BRASIL FUNDO DE ÍNDICE, que replica o índice Teva Ações Commodities Brasil, criado pela Teva e que busca representar o desempenho médio das ações de empresas produtoras e exportadoras de commodities negociadas na B3. A valorização do ETF, cujo código de negociação é CMDB11, foi de 13,50% no trimestre encerrado em janeiro deste ano e, só em janeiro, ele subiu 3,60%.
Já o terceiro lugar ficou com IT NOW IDIV FUNDO DE ÍNDICE, cujo código de negociação é DIVO11. O fundo tem na carteira um pacote de ações das empresas que se destacaram em termos de remuneração dos investidores, sob a forma de dividendos e juros sobre o capital próprio, ou seja, consideradas as maiores pagadoras de dividendos da bolsa. O retorno entre novembro de 2021 e janeiro de 2022 foi de 14,4%. Só em janeiro, o produto rendeu 7,50%.
Este investimento é para você?
Antes de sair caçando ETFs no mercado, você deve entender se ele é o mais adequado para seu bolso, prazo e objetivo. Primeiro é preciso saber que você deve deixar seu dinheiro em um desses fundos por pelo menos um ano. Você também deve analisar se está de acordo em correr os riscos do papel, além de saber o quanto confia no crescimento do setor no qual ele investe. E, como são ativos de longo prazo, você vai enfrentar oscilações no meio do caminho. Vai precisar ter sangue frio.
É importante também conhecer as empresas nas quais o fundo investe. As gestoras colocam em seus sites todas as informações sobre os ETFs que oferecem. A partir daí, dá para pesquisar sobre as companhias que compõem o índice. Se, depois de tudo isso, você aceitar as características e peculiaridades do investimento, basta escolher os ETFs e acompanhar o desempenho deles.