Dica do especialista: fundo de investimentos de criptomoedas com gestão ativa
Hashdex Crypto Selection FIC FIM tem aplicação mínima de R$ 1
Há quem diga que ter muitos criptoativos em carteira é perigoso. Mas não ter nenhum pode ser ainda pior. Numa lógica parecida com essa, Victor Vietti, especialista líder em investimentos do Itaú Unibanco, citou no Manhã Inteligente desta terça-feira (12) um produto recém-lançado pelo Itaú Unibanco: Hashdex Crypto Selection FIC FIM, primeiro produto de ativos digitais distribuído pela instituição, que tem exclusividade nestes três primeiros meses. O fundo tem aplicação mínima de R$ 1 e meta de atingir retornos maiores do que o índice NCI (Nasdaq Crypto Index), conhecido pelo ETF HASH11. O novo investimento é composto por:
- ETF HASH11 (35%);
- ETF BITH11 (20%);
- ETF WEB311 (18%);
- DEFI11 (16%);
- ETF ETHE11 (11%).
Quanto investir no fundo de criptomoedas?
A diferença deste produto para o ETF de criptomoeda da Bolsa de Valores HASH11, é que o Hashdex Crypto Selection tem gestão ativa, por isso ele busca superar o índice, o que é bom. “O gestor olha para o fundo de investimento e toma decisões. É uma opção interessante para alocar de 1% a 3% da carteira. Sempre lembrando que o ativo é volátil, mais arriscado que as ações. Mas tem gestores profissionais fazendo ajustes.”
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Quais são os fundamentos que guiam as criptomoedas?
Por que um bitcoin custa o que ele custa? Victor explica que os fundamentos que movem os preços das critpomoedas, que são ativos de alto risco, são baseados em projeções feitas para se tentar achar o preço justo. Nesta conta, são colocados o prêmio de liquidez e risco de crédito, por exemplo. No caso das moedas, há vários jeitos de chegar ao preço justo: pela paridade para o poder de compra e taxa de juros. “Mas as cripto não têm paridade de pode de compra, por exemplo. Então o que sobra é o fluxo de notícias de curto prazo. Este é um ativo jovem, e o mercado não estabeleceu uma regra para decidir os preços. Por isso é normal ter altos e baixos: já vimos correção de 30% em uma semana, pautada em fluxo de noticia, não em fundamento”, afirma Victor.
Dividendos da Petrobras e Vale não devem se repetir
Dividendo é a distribuição do lucro para os acionistas. A Lei das SAs garante que empresas de capital aberto devam pagar pelo menos 25% do que lucram aos acionistas. Neste contexto, Victor citou duas empresas que deram alegria aos minoritários: Petrobras e Vale. “A Petrobras apurou lucro recorde, principalmente pela alta do petróleo, além da venda de ativos importantes. Foi o segundo maior pagamento de dividendos do mundo, perdendo só para a ExxonMobil. O dividend yield da companhia também foi segundo maior do mundo, com quase 20%”, afirmou Victor. Mas calma. Antes de você se animar com o que está por vir, Victor faz uma ressalva. “É difícil falar de manutenção desses valores, porque tivemos eventos específicos. Com a Vale a situação foi parecida, já que a empresa teve uma política agressiva de distribuição de dividendos, repassando 30% do Ebitda para acionistas. Mas reforço que temos que ver o contexto para frente. Isso não deve se manter tão alto assim”, disse Victor.
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