Fundos imobiliários estão na sua mira? Então, veja 3 dicas de gestor

Victor Senra mostra o caminho para você investir em FIIs

Diversificação em investimentos é conselho de gestor ao investidor iniciante no mundo dos FIIs. Ilustração: Renata Miwa
Diversificação em investimentos é conselho de gestor ao investidor iniciante no mundo dos FIIs. Ilustração: Renata Miwa

O investidor iniciante que almeja colocar um pé no mundo dos fundos de investimento imobiliário, ou FIIs, deve procurar diversificar no tipo de ativo e na posição perante o mercado. Afinal, investir em fundos imobiliários pode render ao investidor o prêmio da renda fixa somada a um lastro imobiliário com capacidade de valorização.

Victor Senra, sócio-fundador da Brio Investimentos, conversou com a Inteligência Financeira e deu três dicas de ouro para aplicar em FIIs. Além disso, ele deu a letra sobre a principal tendência no mercado imobiliário em 2023.

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1. Invista em vários fundos imobiliários, não em um só

Assim como em outras tantas modalidades de investimentos, no mercado de fundos imobiliários o investidor deve adotar a diversificação como mantra do dia a dia.

“Não ponha todos os ovos na mesma cesta”, diz Victor Senra. O gestor alerta o investidor de que, se o objetivo é o rendimento a partir da aplicação em FIIs, o mercado favorece quem estuda bastante os ativos de perto.

Aliás, os fundos listados na bolsa de valores brasileira, a B3, divulgam relatórios mensais sobre os ativos dentro da carteira e realizam um balanço e diligência sobre quais os riscos observados no mercado imobiliário.

Victor aponta algumas perguntas que o investidor deve procurar responder em seu estudo sobre FIIs:

  • Quem são os gestores e administradores do fundo?
  • Qual o risco que o gestor está tomando?
  • Quais são os tipos de ativos negociados pelo FII (recebíveis, tijolo)?
  • Qual retorno do fundo e como isso influencia no preço das cotas adquiridas?

2. Compare os FIIs com a Selic

Para Senra, o atual patamar dos juros configura um mercado “desafiador” especialmente para os fundos imobiliários de tijolo. Isso porque o custo de capital no mercado atualmente está muito elevado para FIIs de tijolo.

Vale lembrar que essa classe de ativos permite que o investidor aplique, ao comprar cotas, em fatias do aluguel pago por proprietários de shoppings, lajes corporativas, como prédios empresariais, e residências urbanas.

Com a Selic a 13,75%, o vencedor no mercado de fundos imobiliários são os do tipo papel, que oferecem crédito imobiliário aos investidores, seja no modelo LCI (Letras de Crédito Imobiliário), Letra Hipotecária ou CRI (Certificado de Recebíveis Imobiliários). Assim, nesse caso, o lucro do FII é oriundo da venda dos créditos a outros investidores.

3. ‘Tem muita coisa fora do lugar em termos de preço’

Victor Senra explica que, em sua opinião, muitos preços de FIIs e cotas praticados hoje no mercado “estão fora do lugar”.

De acordo com o gestor, o novo Arcabouço Fiscal é um norte para que a volatilidade no mercado se reduza, e muitos preços devem voltar ao normal conforme o pacote fiscal tramita no Congresso.

“O governo já tem bastante maturidade para entender que a questão de estabilidade macroeconômica é fundamental para que ele possa implementar os programas sociais que deseja”, diz Senra ao afirmar que está otimista sobre a condução da política econômica do atual governo.

A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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