Eletrobras (ELET3), BB Seguridade (BBSE3), Sabesp (SBSP3) e mais 7 ações recomendadas para investir em março

Confira os papéis indicados para o mês pelas principais carteiras do mercado financeiro

Empresas citadas na reportagem:

A Eletrobras (ELET3) aparece como uma das principais novidades nas carteiras de ações recomendadas do mercado financeiro para março de 2025. A indicação de compra vem na esteira do acordo com o governo federal pare encerrar uma longa batalha judicial sobre o poder de voto na antiga estatal.

Na visão do Itaú BBA, o movimento deve ser positivo para a companhia de energia. Ou seja, pode favorecer um ciclo de valorização da companhia na bolsa.

Cury (CURY3), JBS (JBSS3) e Inter (INBR32) entram na lista de ações recomendadas pelas boas perspectivas operacionais em 2025. Há ainda papéis de empresas que os agentes avaliam com potencial de retornos robustos via pagamento de dividendos.

Entre elas estão BB Seguridade (BBSE3), B3 (B3SA3) Telefônica Brasil (VIVT3)

Finalmente, os portfólios do mercado para março destacam ações defensivas ou com bom ponto de entrada no atual momento.

Dessa forma, completam a lista Sabesp (SBSP3), Prio (PRIO3), C&A (CEAB3)

Veja 10 ações recomendadas para março de 2025

ELET3

“Notícia ansiosamente aguardada pelo mercado, a Eletrobras e o governo federal fecharam um acordo em que a companhia não será forçada a realizar investimentos no projeto da eletronuclear de Angra 3 (caso o projeto seja levado adiante). Enquanto o governo ganha a possibilidade de indicar um membro adicional ao conselho da empresa.

Com isso, não deve haver mais contestações na Justiça sobre a cláusula do estatuto da companhia que limita o poder de voto do poder público. O que restaura o conforto do mercado com a segurança corporativa da Eletrobras.

Dessa maneira, nós acreditamos que um dos principais riscos da ação deve ser amplamente mitigado e que muitos investidores voltarão a analisar de forma mais aprofundada a tese da companhia.

Se isso se tornar realidade, poderemos ver um fluxo positivo para o papel, sustentando uma valorização das ações.” (Itaú BBA)

CURY3

“A Cury Engenharia é uma incorporadora focada no segmento de habitação popular, com forte atuação no programa Minha Casa Minha Vida. Em 2007, a empresa firmou um joint venture com a Cyrela, resultando na criação da Cury, listada em 2020.

Presente nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, a companhia se destaca por seu alto nível de eficiência. Bem como força de vendas robustas, com mais de 3 mil corretores.

Nossa preferência por Cury é pautada pelo forte volume de lançamentos esperados para 2025 – R$ 8 bilhões em valor geral de vendas -, sustentando possivelmente bons resultados e uma forte geração de caixa.

Além disso, a companhia vem atingindo níveis sucessivamente maiores de margem bruta e de velocidade de vendas.

Em relação aos riscos de inflação e de maior competição no setor, identificamos que a ação oferece a maior resiliência entre as construtoras de baixa renda, considerando a elevada capacidade de viabilizar lançamentos em áreas disputadas, em particular na cidade de São Paulo.” (Itaú BBA)

INBR32

“Vemos o guidance de médio prazo do Inter (60-30-30) como agressivo. Já que a empresa espera ter ~60 milhões de clientes, ~30% de eficiência e ~30% de ROE até o 4T27.

Embora acreditemos que esta seja uma meta difícil de alcançar, o Inter obteve progressos sólidos nos dois primeiros anos. Os três anos restantes serão provavelmente mais difíceis. Mas a gestão começou de forma positiva.

Não incorporamos totalmente o guidance do Inter em nosso modelo, mas eliminamos parte da diferença entre nossos números e os da Administração do Inter desde nossa última atualização.

Para 2027, projetamos 48 milhões de clientes (inalterado em relação às últimas estimativas), índice de eficiência de 32% (vs. 34% anteriormente) e ROE de 23% (vs. 19% anteriormente).

Então, o Inter reportou lucro líquido de R$ 295 milhões no 4T24, alta de 85% a/a e superando as nossas estimativas em 20%, com ROAE atingindo 13,2%.

O banco se beneficiou mais uma vez de uma menor taxa efetiva de imposto, e o EBT veio em linha com os nossos números.

Enquanto o Inter reportou um bom trimestre em termos de crescimento de crédito e melhorias na qualidade de ativos, o NII do cliente foi pressionado por despesas com juros substancialmente maiores (tanto t/t quanto a/a), compensadas por uma receita mais forte de títulos.

Ao mesmo tempo, as tarifas aumentaram 34% a/a.

Do lado negativo, as despesas também aumentaram 34% a/a, refletindo os investimentos recentes do Inter e, em última análise, aumentando o custo de serviço. Embora o índice de eficiência tenha melhorado ligeiramente t/t.

Apesar dos resultados mistos, continuamos com a visão positiva acerca do Inter no longo prazo, pois vemos o banco no caminho certo para entregar uma expansão consistente do ROE ao longo dos próximos trimestres e, finalmente, se aproximando de um ROE de 20% nos próximos dois anos. (Santander)

B3SA3

“A B3 reportou lucro líquido recorrente no 4T24 de R$ 1,2 bilhão (+14% a/a e estável t/t), em linha com as nossas estimativas.

As receitas também ficaram em linha com nossas projeções, mas houve R$ 24 milhões em reversões de provisão, devido a provisões de despesas gerais que não se materializaram.

As despesas ficaram acima de nossas estimativas, aumentando 9% t/t, devido a despesas de incentivo relacionadas aos futuros de Bitcoin e Tesouro Direto.

Além disso, vimos maiores despesas com pessoal devido à sazonalidade. Apesar das maiores despesas operacionais, as despesas ajustadas (relacionadas ao guidance) cresceram 6,2% em 2024, ou IPCA +1,4%, na faixa inferior do guidance.

Os resultados financeiros foram negativos, devido à variação cambial, mas foram compensados por uma taxa de imposto menor do que esperávamos.

Apesar de projetarmos um 2025 mais desafiador em termos de ADTV de ações para a B3, acreditamos que a combinação de valuation atraente (P/L 2025E de 12x).

Bem como um sólido dividend yield (~8% para 2025E) constituem uma assimetria interessante para a B3.

Além disso, o nível atual das ações já precifica um cenário de ADTV mais fraco para 2025 (~R$ 20,1 bilhões vs. a média do 2S24 de R$ 23,3 bilhões).” (Santander)

JBSS3

“A JBS vem desfrutando de um momento operacional positivo diante da combinação de diversos fatores favoráveis às suas diversas unidades de negócios. Tais como custos de commodities reduzidos, maior equilíbrio de oferta de proteína suína e de aves, e forte demanda mundial por carne bovina.

Além disso, a manutenção do real desvalorizado frente ao dólar favorece as exportações da companhia e consequentemente sua receita.

Todos esses fatores combinados, cujos benefícios são passíveis de captura pela companhia graças à sua diversificação geográfica e de proteína, têm permitido o incremento da rentabilidade das operações e redução da alavancagem financeira.

O que é positivo em um cenário de ciclo de juros contracionista.

Além disso, a empresa anunciou recentemente a aquisição do controle da Mantiqueira Brasil, um gigante da produção de ovos no Brasil, entrando nesse ramo já na posição de liderança e com planos de expansão internacional já neste ano, e trazendo um impacto financeiro de apenas 1% na sua dívida líquida.” (BB Investimentos)

BBSE3

“Reforçando a relevância dentro da carteira como um ativo defensivo, com forte previsibilidade de resultados e atratividade em dividendos.

Para 2025, a expectativa é positiva. O guidance da BB Seguridade projeta um lucro de R$ 9,04 bilhões, crescimento de +10,9% a/a, um pouco acima da nossa estimativa de R$ 8,94 bilhões e do consenso do mercado.

Acreditamos que a recuperação na emissão de prêmios da unidade de seguros, após um 2024 mais fraco, e o cenário de juros elevados, que favorece a receita financeira das unidades de seguros e capitalização, serão os principais motores de crescimento no ano.

Além disso, a baixa volatilidade do setor e a previsibilidade da geração de caixa reforçam a tese de BBSE3 como uma excelente pagadora de dividendos.

BB Seguridade continua sendo um dos ativos mais consistentes da carteira, com dividend yield estimado em 10,5% para 2025 e negociando a 8,3x P/L projetado para o ano.” (Genial)

VIVT3

“Estamos voltando com Telefônica em nossa carteira Top 10 ações recomendadas. Gostamos do case e após a queda recente do papel após o balanço.

Acreditamos na continuidade do bom momento de resultados para Telefônica Brasil para o ano de 2025, com um ambiente competitivo favorável. Enquanto vemos ganhos potenciais da transição do regime de concessão para um regime de autorização. Que destravaria valores consideráveis para a companhia.

Além disso, esperamos uma boa perspectiva de pagamento de dividendos e vemos VIVT3 negociando a um valuation bastante atrativo.” (Safra)

PRIO3

“Gostamos da exposição às empresas juniores de petróleo, pois acreditamos que elas conseguirão entregar melhora na produção ao longo de 2025, gerando elevado fluxo de caixa.

A Prio é a nossa principal escolha entre elas, a empresa conta com um bom histórico de execução e de alocação de capital, é a mais líquida e está negociando a um valuation bastante atrativo.

Além disso, seu baixo endividamento combinado com a forte geração de fluxo de caixa de continuar proporcionando boa capacidade de aquisição de ativos.” (Safra)

SBSP3

“A Sabesp continua sendo uma das nossas teses favoritas dentro do setor de utilities. Pois a empresa combina uma história sólida de crescimento, a partir da agenda de capex (investimentos) programada para os próximos anos.

Assim como um time de gestão qualificado que deve promover melhorias de eficiência na operação.

Embora a Sabesp seja uma história de duration longa, os dividendos não são tão altos, de forma que acreditamos que seu valuation, negociando a uma TIR real implícita na casa dos 12% – uma das mais altas do setor – continua sendo bastante atrativa para investidores.” (Ágora)

CEAB3

O consumo discricionário normalmente sofre mais durante períodos de altas taxas de juros e provavelmente diminuição do poder de compra das famílias.

Mas vemos CEAB3 como uma boa história de recuperação, com alavancas de produtividade interessantes, com menos risco de revisão de lucros para baixo, relativamente, do que seus pares mais um múltiplo relativo mais atraente.

Justificando assim nossa recomendação de compra.

Vale lembrar que a receita da C&A está 27% exposta aos seus próprios serviços financeiros, menos exposta do que Lojas Renner e Guararapes em cerca de 3-5pp; ou seja, no final das contas, há menos risco potencial de queda nas atuais circunstâncias macroeconômicas.

Mesmo sendo mais conservadores agora – assumindo uma desaceleração em relação ao crescimento da receita para um nível de um dígito em 2025 e alguma deterioração em despesas operacionais como percentual das vendas no varejo -, a empresa pode continuar a expandir sua margem consolidada devido ao mix (o segmento de beleza de margem mais alta está crescendo e eletrônicos de margem extremamente baixa estão gradualmente convergindo para zero).

Dessa forma, esperamos que sua margem EBITDA ajustada seja de 13,2%, alta de cerca de 0,60 p.p. em base anual.” (Ágora)

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