Fundos de crédito privado têm resgates de quase R$ 13,5 bi em 2023, mostra levantamento
Levantamento do economista Marcelo d'Agosto considerou 'crédito privado' e fundos multimercado com baixa oscilação
Os fundos de crédito privado acumulam neste ano resgates de quase R$ 13,5 bilhões, na esteira do estresse com os ativos da Americanas (AMER3), que entrou em recuperação judicial, e de outros casos de renegociação de dívidas que vieram na sequência.
O levantamento, feito pelo economista Marcelo d’Agosto, coordenador do Guia Valor de Fundos, considerou as carteiras de renda fixa com o sufixo “crédito privado” e também os fundos multimercado com baixa oscilação de variação das cotas diárias, com tal nomenclatura, em que os investimentos são compostos majoritariamente por títulos privados.
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A compilação traz quase 170 carteiras disponíveis para investimentos. “Nestes dois meses, saiu quase 20% do que entrou em 2022”, destaca o especialista.
Fim de ciclo positivo
As movimentações neste ano interrompem um ciclo positivo para o segmento. Em 2022, os ingressos somaram R$ 71,3 bilhões. Em 12 meses, a captação líquida ainda soma R$ 44,7 bilhões.
O fluxo negativo foi observado principalmente nos fundos de curto prazo, com resgate em até 15 dias após o pedido do investidor, com saídas de R$ 13,9 bilhões. Os portfólios com cotização superior a isso tiveram baixas de R$ 428,9 milhões, mas podem não ter ainda contemplado as solicitações de saque dos seus investidores.
Fundos DI e demais carteiras de renda fixa também podem ter dívida privada na composição da carteira, até o limite de 49%.