Quem quer sair da poupança e dar os primeiros passos para investir pode encontrar nos Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, ou fundos DI, uma oportunidade. Dentro da renda fixa, eles são quase um clássico, sendo oferecidos por todos os bancos e corretoras. Assim como outros tipos de fundos, os DI funcionam na forma de condomínio: investidores interessados compram suas cotas, e a administração fica por conta de um gestor.
Os fundos DI são fundos de investimento abertos. Isso significa que a comercialização de cotas é feita livremente e fora da B3 – investidores podem comprar e vender sua participação a qualquer momento. Além disso, os fundos DI têm liquidez diária na maioria dos casos, permitindo que o investidor resgate o dinheiro a qualquer momento.
Os fundos DI ainda podem ser classificados de acordo com o tipo de emissor mais presente nos títulos que compõem sua carteira. Eles podem investir prioritariamente em títulos emitidos pelo Governo Federal ou ainda alocar os recursos em títulos emitidos por instituições privadas. Geralmente, a rentabilidade está atrelada à taxa Selic e ao Certificado de Depósito Interbancário, que é benchmark para grande parte dos investimentos de renda fixa.
Vale a pena investir?
Por seguirem esses indicadores, os fundos DI são aplicações seguras e indicadas para perfis mais conservadores. “São investimentos de risco muito baixo, já que estão atrelados a títulos com alta liquidez”, explica Francisco D’Orto Neto, professor da Faculdade FIPECAFI.
Mas, a escolha entre investir ou não em um fundo DI deve ir além disso. “Ao analisar qualquer fundo é importante entender quais as taxas de administração. Outro ponto importante é sobre a tributação. Nos fundos DI há cobrança de Imposto de Renda sobre o rendimento, seguindo a tabela regressiva, e também incidência do come-cotas”, ressalta Francisco. Além disso, os fundos DI não são cobertos pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC).
Resumindo: um fundo DI traz facilidade ao ter um gestor que vai sempre buscar as melhores oportunidades olhando a curva de juros e diversificando o portfólio com pouco risco. Mas, apesar de ser um investimento seguro e mais prático, a taxa de administração e o sistema de come-cotas podem comprometer a rentabilidade do investimento. Por isso, antes de investir, é importante fazer as contas.
“O melhor fundo é aquele que você analisa o risco, a taxa de administração e como tem sido sua performance. Tudo isso precisa ser compatível com perfil de investidor. Rentabilidade histórica não garante rentabilidade futura, mas pode ser um norte para a decisão “, aconselha Francisco.