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Ibovespa pode ir a 130 mil pontos? Veja as ações recomendadas pelos especialistas
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Crescimento de produtoras de commodities deve impulsionar o índice
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Ações com histórico de bons resultados estão entre as principais dicas
Pesquisa divulgada pelo Bank of America (BofA) mostra que aumentou o número de gestores que esperam que o Ibovespa, principal índice de referência da Bolsa brasileira, supere os 130 mil pontos no final de 2022. Nesta segunda-feira (18), o índice está em 115 mil pontos – e caindo. Puxado pela melhora do desempenho dos ativos locais, o percentual daqueles que acreditam que o patamar será rompido subiu de 19% para 40% entre fevereiro e março. A sondagem teve como base a avaliação de 31 profissionais do mercado financeiro, que possuem um total de US$ 60 bilhões sob gestão. Entre os motivos para um aumento do otimismo, a equipe de estratégia de ações para América Latina e Brasil do banco destacou o entendimento de que o cenário global de preços mais altos de commodities está beneficiando o país. Assim, os entrevistados pela instituição americana apontaram uma preferência principalmente por ações de qualidade, valor e commodities.
Em quais ações investir?
Corroborando o levantamento do BofA, a Ativa Investimentos revisou recentemente seu target para o Ibovespa de 117 mil para 135 mil pontos até o fim do ano. “Ainda enxergamos oportunidades em commodities e em algumas empresas mais ligadas ao crescimento econômico, devido ao valuation descontado”, comenta o head de research da casa, Pedro Serra. “Porém, reforçamos cautela por nomes de mais qualidade, com bom histórico de resultados e que possuem mais gerência sobre a sua perspectiva de crescimento e resultados, devido à possibilidade de aumento da volatilidade dos mercados”, acrescenta. Na lista de empresas preferidas da Ativa para compra estão JBS (JBSS3), Suzano (SUZB3), PetroRio (PRIO3), Itaú (ITUB4), Bradesco (BBDC4), Petz (PETZ3), Vibra (VBBR3), Neonergia (NEOE3) e Rede D’Or (RDOR3).
Foco em commodities
O Ibovespa deve fechar 2022 na faixa de 130 mil pontos também na estimativa da Guide Investimentos. “Acreditamos que o Ibovespa ainda está no início da fase de ‘crescimento’ e que o momento atual lembra muito o ciclo de 2002-2008: outro momento de inflação elevada, preços de commodities em alta, aumento de juros em diversos países desenvolvidos”, lembra o head de research da casa, Fernando Siqueira. “Historicamente, estes fatores foram positivos para o mercado de ações brasileiro”, reforça.
A Guide aponta que o crescimento do lucro das empresas, principalmente as produtoras de commodities, deve contribuir para impulsionar o índice “por alguns trimestres”. Os ventos podem ser favoráveis para outros setores, com a reabertura mais forte da economia e um aumento da mobilidade. A inflação sendo repassada de alguma maneira ainda tende a gerar uma alta nominal nos lucros das companhias. Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) constam na carteira de recomendações da casa, assim como Marfrig (MRFG3), Vibra (VBBR3) e Itaú (ITUB4). Outros destaques são Alupar (ALUP11), Embraer (EMBR3), Movida (MOVI3), Tim (TIMS3) e Vivara (VIVA3).
Exposição ao mercado local
A guerra entre Rússia e Ucrânia, o aumento dos juros nos Estados Unidos e os receios relacionados às eleições presidenciais no Brasil estão entre os principais pontos de atenção e que podem azedar o humor na Bolsa ao longo do ano. Os agentes do mercado, no entanto, consideram que parte das incertezas já estariam precificadas. A avaliação da analista-chefe do Inter Research, Gabriela Joubert, é de que a “ausência de más notícias pode ser boa notícia” para o mercado de ações. “Optamos por balancear nossa carteira, elevando a relevância de ativos com maior exposição ao mercado interno, sem deixar de lado a participação das commodities”, conta.
A carteira da instituição tem Sanepar (SAPR4) no segmento de saneamento e a AES Brasil (AESB3) visando capturar a retomada das geradoras de energia. “Assim mantivemos Vale, Gerdau e JBS na carteira, uma vez que, mesmo com eventual correção de preços, estas companhias poderiam se sobressair em razão de suas estratégias de diversificação e posição de mercado”. explica. No segmento de varejo, a analista destaca a Vivara, “apostando na resiliência do comércio de luxo e nos drivers do alta-renda”. “Substituímos Grupo SBF Centauro (CNTO3) por Carrefour (CRFB3), iniciando exposição ao segmento alimentício. Ainda optamos por incluir Movida na lista, aproveitando a continuidade do movimento de recuperação no setor”, completa.
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