Cinco ações para turbinar a carteira de investimentos em novembro, segundo a Ágora

Casa fez duas mudanças no portfólio mais arriscado e que busca maior valorização na bolsa

Painel mostra desempenho do mercado de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters
Painel mostra desempenho do mercado de ações na B3. Foto: Cris Faga/NurPhoto/Reuters

Qual ação comprar em novembro? Mesmo antes de outubro acabar, a Ágora divulgou a sua Carteira Arrojada, com cinco papéis recomendados para o novo mês.

Antes de tudo, a casa explica que o portfólio normalmente apresenta o mais alto de risco. Bem como o maior potencial de valorização em um cenário positivo para a bolsa.

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Dessa forma, a Ágora realizou duas mudanças na carteira para novembro.

“Retiramos as ações da Cosan (CSAN3) e da PRIO (PRIO3). Incluímos as ações da Localiza (RENT3) e da JBS (JBSS3)”, aponta a casa.

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“As trocas objetivaram adicionar ações de empresas cujas expectativas sejam de bons resultados corporativos referentes ao 3T24″, reforça.

Então, a lista de ações recomendadas da Ágora dentro da estratégia arrojada ainda tem: Allos (ALOS3), Cyrela (CYRE3) e Randon (RAPT4).

Por dentro das escolhas da Ágora

ALOS3

  • A Allos, uma empresa do setor de shopping centers, surgiu da fusão entre Aliansce Sonae e brMalls em 2023. A companhia possui um portfólio de 62 shoppings distribuídos pelas cinco regiões do Brasil.
  • Apesar da apreciação das ações neste mês de outubro, ainda observamos que a ALOS3 está sendo negociada a um múltiplo P/FFO atrativo para 2025. Representando um desconto superior a 20% em relação à MULT3 (Multiplan), o que consideramos excessivo.
  • Para o futuro, nosso modelo prevê um pagamento de 50% do Fluxo de Caixa Operacional (FFO), resultando em um rendimento médio de dividendos de aproximadamente 5,5%-6% em 2025 (em comparação com 3-4% dos concorrentes). Com potencial de aumento devido a recompras adicionais.
  • A Allos já retornou R$ 1,1 bilhão aos acionistas no acumulado do ano, com um rendimento de 8,7%. Sendo cerca de 60% em dividendos e 40% em recompras. Portanto, ALOS3 é nossa escolha preferida no setor. Devido ao equilíbrio entre o desconto de valuation e o retorno aos acionistas.

CYRE3

  • A Cyrela é reconhecida pela qualidade de suas operações e pela liquidez de suas ações, tornando-se uma das principais opções de investimento no setor. Especialmente para capital estrangeiro.
  • No 2T24, a empresa apresentou resultados impressionantes, superando significativamente as expectativas, impulsionada por um forte desempenho operacional. No 3T24, a Cyrela continuou a mostrar força, com lançamentos totalizando R$ 2,5 bilhões em VGV de 15 projetos. Um crescimento de 65% em relação ao ano anterior e 139% no trimestre.
  • As vendas líquidas também foram robustas, atingindo R$ 2,5 bilhões, um aumento de 45% em um ano e 43% no trimestre. A velocidade de vendas (VSO) em doze meses alcançou 54,9%, um aumento de 7 pontos percentuais em base anual.
  • A empresa parece estar encerrando o ciclo 2020-21 em 2024 e se preparando para se tornar uma empresa de R$ 8 bilhões em VGV/ano (comparado a cerca de R$ 6 bilhões entre 2020-2023), mantendo métricas financeiras sólidas. O que deve resultar em geração de caixa e forte crescimento dos lucros no futuro.
  • Reforçamos a CYRE3 como nossa escolha preferida entre as empresas de renda média-alta, negociando a um múltiplo P/L atrativo. Além disso, a Cyrela possui participações na Cury, Plano&Plano, Lavvi e outras. Proporcionando diversificação em diferentes classes de renda e presença em segmentos habitacionais econômicos.

JBSS3

  • A JBS é a maior produtora global de proteínas e a segunda maior empresa de alimentos do mundo. A empresa possui 300 plantas em diferentes regiões e presença comercial em mais de 22 países.
  • O ímpeto dos lucros da JBS deve se sustentar no 3T24. Embora acreditemos que as margens devam atingir o pico no trimestre em meio aos spreads de aves que agora estão desacelerando nos EUA (em boa parte devido à sazonalidade).
  • Ainda esperamos que a desaceleração do ciclo avícola seja gradual ao longo do 4T24 e 2025, à medida que as restrições de oferta persistem. E mesmo incorporando resultados avícolas mais fracos à frente, vemos as ações sendo negociadas a 5x o múltiplo EV/EBITDA para 2025. Um desconto injustificado de 7% em relação à sua média histórica e abaixo dos pares de proteínas.
  • Além disso, a probabilidade de a listagem nos EUA avançar parece mais forte do que nunca. O que pode ser um evento transformacional em termos de múltiplos de avaliação. A JBS é a nossa principal escolha no setor de proteínas.

RENT3

  • A Localiza é a maior rede de mobilidade da América Latina, presente em seis países, com mais de 580 mil carros na frota, 900 pontos físicos e 17 mil colaboradores.
  • Por meio de suas subsidiárias, a empresa aluga carros para pessoas físicas, administra frotas corporativas, vende sua frota para o público em geral, além de oferecer modelo de franquia.
  • Esperamos que os resultados do 3T24 sejam um fator-chave para os investidores recuperarem a confiança de que o pior já passou e o plano de recuperação da empresa está no caminho certo após uma forte queda das ações devido aos resultados do 2T24.
  • Nossa recomendação de compra se sustenta a partir dos seguintes pilares: potencial de alta para o segmento de seminovos. As ações sendo negociadas a 12x o múltiplo P/L esperado para 2025, um desconto superior a 50% em relação à sua média histórica. O spread do RoIC da empresa deve se expandir para 7pp. E upside da Localiza México ainda não precificado.

RAPT4

  • Se excluirmos as operações da Fras-le do valuation da Randon, as operações legadas (ou seja, implementos, autopeças para montadoras, serviços financeiros e digitais e tecnologia avançada) são precificadas a 3,4x o múltiplo EV/EBITDA para 2025.
  • Este múltiplo implica um desconto de quase 40% em relação ao múltiplo justo e não reflete a transformação massiva dos negócios na divisão de implementos, que resultou em margem EBITDA de 7% em 2023. Mesmo durante a desaceleração deste ciclo da indústria, devido à expansão da capacidade de produção por vários participantes.
  • A Randon também reduziu sua exposição ao mercado brasileiro de implementos com a aquisição da Hercules nos Estados Unidos. Este múltiplo de negociação descontado está precificando um retorno sobre o capital investido (RoIC) de 9,7%, 4,1 pp abaixo do custo de capital, o que parece improvável.
  • Além disso, a Randon investiu em: lançamento de novas linhas de produtos; e aumento da produtividade como por exemplo, corte a laser de chapas de aço e soldagem robotizada.
  • Outras decisões potenciais podem desencadear uma reavaliação das ações, como: saída do mercado de vagões, a exemplo do que ocorreu com a Randon Veículos em 2020. Redução da exposição aos segmentos de reboques com margens menores. E aumento da escala de produção da planta de Araraquara.
  • Dito isso, entendemos que ainda faz sentido manter posição no ativo, especialmente em função da exposição à atividade local e à aquecida indústria automobilística.
A Inteligência Financeira é um canal jornalístico e este conteúdo não deve ser interpretado como uma recomendação de compra ou venda de investimentos. Antes de investir, verifique seu perfil de investidor, seus objetivos e mantenha-se sempre bem informado.


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