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Small, mid e large caps: conheça as ações separadas por tamanhos de empresas
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Small caps são menos procuradas, têm menor liquidez e maior risco
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Mid caps têm empresas de atuação nacional e internacional
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As large caps têm R$ 40 bilhões em valor de mercado e compõem grande parte do Ibovespa
No mercado de renda variável, os retornos de ativos que mais chamam a atenção são os de ações de grandes empresas como Itaú Unibanco, Ambev e Petrobras. Essas gigantes de seus setores são classificadas como large caps. Mas não se engane: você não precisa investir apenas nas maiores. Há uma variedade de opções além delas, as chamadas de small e mid caps que, quando bem escolhidas e gerenciadas de acordo com a sua estratégia, podem incrementar os resultados de seu portfólio. A Inteligência Financeira conversou com o analista de investimentos CNPI Rob Correa para te explicar o que são cada uma dessas categorias e o que levar em consideração antes de investir.
O que é o market cap?
Cap é a abreviação de capitalization, ou capitalização em português. A capitalização de mercado é a multiplicação entre a quantidade de ações que determinada empresa possui no mercado e o valor médio de cada ação. Ou seja, o market cap mostra o quanto seria necessário desembolsar para comprar todas as ações dessa companhia. Empresas que demonstram um mau desempenho tendem a afastar o consumidor e ter seu valor de mercado reduzido. Por isso, a capitalização de mercado pode servir como um dos indicadores do crescimento e da dimensão de uma companhia.
O que são as small caps?
As small caps são um grupo de empresas de baixa capitalização na B3, com market cap entre R$ 300 milhões a R$ 2 bilhões. Ou seja, têm menor valor de mercado e se dividem em menos partes acionárias. Em relação às outras categorias, as small caps têm menor procura, menor liquidez e maior risco, além de estarem fora dos holofotes de grandes investidores e empresas de análise de risco – por isso não há tantas informações sobre elas.
Alguns exemplos de small caps:
- Oi S.A. (OIBR3) – telecomunicações
- GOL (GOLL4) – companhia aérea
- Banco Inter (BIDI11) – mercado financeiro
- Movida (MOVI3) – locação de veículos
Para Rob Correa, as small caps podem frustrar os investidores iniciantes que ainda não entenderam seu perfil, por conta da alta oscilação desses papéis e de sua baixa solidez. O alvo delas são os investidores com um perfil mais arrojado, porém com visão de longo prazo. Justamente por estarem fora dos holofotes, empresas dessa categoria podem esconder boas oportunidades de investimento. É o caso da Magazine Luiza (MGLU3), considerada small cap em 2016 e que em 2018 virou uma large cap com mais de R$ 40 bilhões de valor de mercado.
O investidor, segundo recomendação de Correa, deve ocupar um percentual entre 5% a 8% da carteira destinados a investimentos mais arriscados.
Mid caps: valem entre R$ 2 bilhões e R$ 10 bilhões
As middle caps possuem capitalização de mercado entre RS$ 2 bilhões e RS$ 10 bilhões. Essa classe inclui empresas de atuação nacional e internacional, além de serem menos voláteis e de ter certa liquidez. Embora sejam mais acompanhadas que as small caps, ainda carecem de análises que sustentem um investimento mais seguro, então alguns investimentos podem ser tiros no escuro. Elas não estão ligadas ao Ibovespa e é por isso que podem estar em alta mesmo com a queda da Bolsa.
Exemplos de mid caps:
- Marfrig (MRFG3) – alimentos
- Embraer (EMBR3) – fabricante de aviões
- Hering (HGTX3) – vestuário
- Cyrela (CYRE3) – construtora
Como ainda são menos exploradas pelos investidores, as mid caps têm potencial de crescimento para o longo prazo. São empresas líderes do segmento, mas precisam de um grande volume de dinheiro para concretizar os planos de expansão. “Por isso, indicaria esses papéis para o investidor que já está em uma fase mais madura de seu conhecimento financeiro, além de ter um perfil de intermediário para arrojado”, afirma Correa.
As large caps no Ibovespa
As large caps, também conhecidas como blue chips no mercado acionário, têm cerca de R$ 40 bilhões em valor de mercado e fazem parte do Ibovespa. Por isso o índice tende a cair se as ações dessas gigantes também caem. São companhias sólidas, com muita liquidez, segurança, e dividendos que atraem investidores.
Exemplos de large caps:
- Itaú Unibanco (ITUB3) – mercado financeiro
- Ambev (ABEV3) – bebidas e alimentos
- Petrobras (PETR3) – petróleo
- Vale (VALE3) – mineração
Segundo Correa, as large caps são bastante visadas por investidores conservadores, dado que possuem menos risco e condições para enfrentar crises sem grandes impactos. O analista ressalta que existe uma sujeição aos riscos da volatilidade de qualquer opção de renda variável, além de que elas têm menor potencial de crescimento. A lista de large caps muda periodicamente e, assim como as outras categorias, são valores especulativos. Ou seja, não há um grupo oficial criado pela Bolsa de Valores brasileira.
Colaborou Anne Dias
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