Ficar na renda fixa? Apostar em ações? O que o investidor pessoa física aprendeu na semana

Empresas citadas na reportagem:
Quando um gestor que administra quase R$ 13 bilhões fala, é melhor prestar atenção. Bruno Serra, ex-diretor do Banco Central e atual gestor do Itaú, falou. E disse que o momento é para ficar aplicado em juros. A conversa se deu em edição recente do PodInvestir, podcast original da Inteligência Financeira. O que o investidor pessoa física aprendeu com a entrevista?
De que é melhor comprar um título pré-fixado de CDI e vender quando o mercado começar a estimar a taxa de juros abaixo de 15%. Mas fazer isso na vida real não é tão simples, sobretudo para o simples investidor.
O professor Marcos Piellush, da FIA Business School, acredita por exemplo que os títulos que sofrem marcação a mercado podem experimentar alguma volatilidade até a próxima reunião do Copom, marcada para o início de maio.
“Não é uma boa ideia ficar fazendo trade com NTN-B (Tesouro IPCA+) ou LTN (Tesouro Pré-fixado). Esses títulos estão em uma volatilidade sujeita a muitos fatores. Fica muito complicado para um investidor iniciante interpretar esses movimentos”, avaliou o especialista.
Abril chegou: o que o investidor aprendeu sobre onde investir?
Mas então sempre que o mês começa fica a dúvida. Para onde levar o meu dinheiro? No caso da renda fixa, reportagem da Inteligência Financeira mostrou o caminho das pedras.
Investimento | Premissa |
Tesouro Selic e CDBs pós-fixados | Continuam sendo boas opções para quem busca liquidez e proteção contra variações nos juros. |
Fundos DI e Fundos de Crédito Privado | aproveitam o cenário de juros elevados e oferecem boas oportunidades. |
Debêntures incentivadas | Seguem atrativas pela isenção de IR e bons retornos. Entre as recomendações de Thauan Fonseca, estão: TRPLA7 (CTEEP) – IPCA + 6,50% ao ano, com vencimento em 2036; USCA22 (Usina Caeté) – 16,20% ao ano, com vencimento em 2031 e CRA Grupo JB (CRA02400ANS) – CDI + 2,00% ao ano, vencimento em 2030. |
LCIs e LCAs pós-fixadas | Combinam segurança com isenção fiscal e podem ser uma alternativa conservadora. |
NTN-Bs de duration intermediária: | títulos indexados à inflação seguem interessantes para quem busca juro real elevado. |
E olha lá os fundos imobiliários (FIIs)
Chamou a atenção também relatório do Itaú BBA que indicou que o Índice de Fundos Imobiliários (Ifix) terminou o mês passado com elevação superior a 6%. No trimestre, alta de 6,3%. Mas de acordo com o documento, o investidor deve estar atento: o momento é de volatilidade, portanto, foco deve ser montar uma posição de longo prazo.

A emissão do relatório ocorreu antes de Donald Trump ir ao jardim da Casa Branca para atirar ao mundo um tarifaço de produtos importados pelos Estados Unidos que atingiu diretamente o Sul e Sudeste asiático. Um movimento que ainda precisa ser totalmente digerido até pelos investidores mais experiente, sugere que o investidor pessoa física deve ficar ainda mais cauteloso.
Afinal, a guerra comercial trumpista pode jogar o mundo em uma recessão.
Pra terminar, olho nas ações recomendadas
Muito embora o queridinho do mercado seja a renda fixa, a renda variável sempre merece atenção. Ainda mais quando os especialistas revisam suas carteiras por conta do início do mês – e da renovação de esperanças que a bolsa de valores no Brasil possa efetivamente se recuperar.

E aqui repousa uma novidade interessante para o investidor pessoa física. O mercado financeiro deslocou um pouquinho o foco. Antes, as preferências eram bancos, agora o setor doméstico ganha força. Assim, ganham espaço Magazine Luiza (MGLU3) e Telefônica Brasil (VIVT3), por exemplo. Você confere aqui a lista de ações recomendadas para abril.
Com reportagens de Renato Jakitas, Livia Venaglia, Isabella Carvalho e Pedro Knoth
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