- Home
- Mercado financeiro
- Economia
- Bolsas de NY despencam mais de 4% e têm o pior pregão desde junho de 2020
Bolsas de NY despencam mais de 4% e têm o pior pregão desde junho de 2020
As bolsas dos EUA fecharam em forte queda nesta terça-feira (13), após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) do mês de agosto, que veio acima do consenso. Este foi o último indicador divulgado antes da reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed) nos dias 20 e 21 de setembro.
O índice Dow Jones fechou em queda de 3,94%, a 31.104 pontos, enquanto o S&P 500 recuou 4,32%, aos 3.932 pontos, e o Nasdaq despencou 5,16%, aos 11.633 pontos.
A terça-feira trouxe o pior desempenho das Bolsas norte-americanas desde junho de 2020.
O índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) indicou uma inflação de 0,1% em agosto, na comparação com o mês anterior, acelerando em comparação à leitura estável de julho e contrariando a expectativa dos economistas consultados pelo “The Wall Street Journal”, de queda de 0,1% nos preços. Na base anual, o CPI indicou alta de 8,3%, também acima das expectativas de consenso, de alta de 8,0%.
“A inflação está se mostrando muito mais persistente do que o Fed imaginava”, diz Fabio Fares, especialista em análise macroeconômica da Quantzed. “Acredito que, além de já termos uma precificação de alta de 0,75 ponto percentual nos juros do Fed na semana que vem, vamos ver o mercado colocar mais uma alta de 0,75 p.p. em novembro, levando os juros para o fim do ano ao intervalo entre 4,25% e 4,5%”.
Após a divulgação dos dados, os futuros dos Fed Funds passaram a indicar uma probabilidade implícita de 18,0% de uma alta de 1,0 ponto percentual e de 82,0% de uma alta de 0,75 p.p., apagando as apostas em uma alta mais moderada, de 0,5 p.p., de acordo com dados do CME Group. Até ontem, a probabilidade era de 91,0% de uma alta de 0,75 p.p. e de 9,0% de uma elevação de 0,5 p.p. As apostas agora são de 45,6% de que a meta da taxa de juros do Fed termine o ano entre 4,0% e 4,25%, e de 29,5% para uma meta entre 4,25% e 4,5%.
Leia a seguir