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Caso SVB: Como o investidor brasileiro do banco que quebrou foi alertado?
Guilherme Assis conta, nesta entrevista exclusiva, o que ele fez
O que você faria se um amigo, logo pela manhã, avisasse que o banco em que você mantém seus recursos depositados estava prestes a falir?
Guilherme Assis recebeu uma chamada, logo pela manhã, na última quinta-feira (9 de março), de um investidor na Califórnia que, como ele, tinha dinheiro, bastante dinheiro, depositado no Silicon Valley Bank (SVB), o banco de startups que, na tarde desse mesmo dia, já não teria mais condições de atender aos sucessivos pedidos de resgates de seus clientes.
O banco quebrou. Mas, Assis agiu rápido e conseguiu resgatar seus recursos. “Foram momentos de muita apreensão. Do pedido de resgate até a liquidação efetiva da operação se passaram cerca de quatro horas”, conta.
Ele investe em várias startups no Brasil. Mantém relacionamento com vários fundos de investimentos no Vale do Silício e, graças a esta comunicação diária, conseguiu ser alertado sobre o que estava por vir com o SVB.
A mesma sorte não tiveram algumas empresas que ele investe. Elas tentaram, sem sucesso, sacar o dinheiro na tarde da mesma quinta-feira.
Nesta conversa com a Inteligência Financeira, Assis conta como foi o fim de semana, de muita apreensão, entre gestores de empresas que tinham depósitos no SVB e não conseguiram resgatar seus recursos.
Essas empresas tinham compromissos e não sabiam sequer como iriam pagar seus empregados na segunda-feira (13).
Então, veio o anúncio do governo americano de que iria socorrer a clientela do SVB, mesmo aqueles que tinham depósitos superiores a US$ 250 mil, que é o limite garantido pelo FDIC, o fundo que garante os depósitos no sistema bancário nos EUA. Aqui, explico melhor o episódio da quebra SVB.
E o que Assis fez com os recursos que resgatou? Transferiu para uma instituição financeira maior, movimento que se repetiu com vários outros clientes.
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