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Inflação: IPCA-15 desacelera para 0,69% em março, mas fica levemente acima do esperado
O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou nesta sexta-feira (24) que o IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) ficou em 0,69% em março – após ter subido 0,76% em fevereiro. O resultado, apesar da desaceleração, ficou pouco acima das expectativas do mercado.
A mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data apontava para uma alta de 0,67% no mês.
O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 2,01%, menor do que os 2,54% registrados no mesmo período do ano passado.
No acumulado em 12 meses, a prévia da inflação oficial ficou em 5,36%, abaixo dos 5,63% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.
A estimativa do mercado, conforme o Valor Data, era de uma taxa de 5,33%.
Destaques do IPCA-15 de março
O IBGE aponta que a maior variação e o maior impacto da prévia da inflação em março vieram de transportes, com 1,50% e 0,30 ponto percentual, respectivamente. O aumento de 5,76% nos preços da gasolina foi determinante para a alta.
A subida de preços do etanol (1,96%) também contribuiu. Óleo diesel (-4,86%) e gás veicular (-2,62%) registraram queda. Outro ponto destacado foi o avanço de 9,02% nos transportes por aplicativo.
Com exceção de artigos de residência, cujos preços recuaram 0,18%, todos os demais grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta no mês.
Após transportes, as principais pressões vieram dos grupos saúde e cuidados pessoais (1,18% e 0,15 p.p.) e habitação (0,81% e 0,12 p.p.).
Alimentação e bebidas (0,20% e 0,04 p.p.) desacelerou na comparação com fevereiro, quando registrou variação de 0,39%. Houve quedas expressivas nos preços da batata-inglesa (-13,14%) e do tomate (-6,34%). Cebola (-12,13%), óleo de soja (-2,47%), contrafilé (-2,04%) e frango em pedaços (-1,94%) foram outros subitens que também mostraram recuo nos preços.
No sentido oposto, os preços do ovo de galinha subiram 8%.
Os demais grupos pesquisados pelo IBGE ficaram entre o 0,08% de educação e o 0,75% de comunicação.
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