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Mercado volta a apostar em alta maior dos juros nos EUA
A afirmação do presidente do Federal Reserve de Mineápolis, Neel Kashkari, na terça-feira, de que o banco central dos EUA, o Fed, precisa avançar com uma política monetária mais apertada até que fique claro que níveis muito altos de inflação estão desacelerando trouxe de volta o sentimento de que uma alta mais agressiva nos juros pode ser registrada em setembro.
Nesta quarta-feira pela manhã, o mercado já voltava a precificar maior probabilidade de alta de 0,75 ponto percentual em setembro. Segundo o CME, os futuros dos fed funds apontam possibilidade de 54,5% de alta de 0,75 ponto em setembro ante cerca de 43% ontem.
Em uma participação em um evento ontem a noite, Kashkari disse que “quando a inflação é de 8% ou 9%, corremos o risco de desancorar suas expectativas”, e se isso acontecer, o Fed provavelmente teria que embarcar em aumentos de taxas muito agressivos para restabelecer o equilíbrio.
“Definitivamente queremos evitar que essa situação se agrave”, disse Kashkari. A autoridade do Fed disse que só vai relaxar quando ver evidências convincentes de que a inflação está voltando para 2%. Em julho, a inflação americana bateu os 8,5%.
Kashkari atualmente não é membro votante do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), que define as taxas. Ele não deixou claro qual é sua opinião sobre o tamanho do aumento dos juros que gostaria de ver em setembro. Kashkari disse também que seu “maior medo” é que a inflação seja mais persistente do que muitos esperam agora.
Autoridades do Fed se reunirão no final desta semana em Jackson Hole, onde o presidente do Fed, Jerome Powell, fará uma apresentação, que está sendo esperada pelo mercado que procura por pistas sobre as perspectivas de aumento da taxa.
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