Morte da rainha trava pacote para barrar a crise energética no Reino Unido
A premiê, Liz Truss, havia acabado de anunciar pacote de medidas para conter o aumento do preço da energia no país
Com a morte da rainha Elizabeth 2ª, todos os assuntos a serem tratados pelo Parlamento britânico estarão suspensos dez dias. O rito do funeral real prevê que o caixão com o corpo da monarca ficará exposto nas casas do Parlamento por três dias.
Nesse período, é colocado em prático o plano secreto chamado Operação London Bridge, que envolve os preparativos para os dez dias a partir da morte da monarca até seu funeral, que acontecerá na Abadia de Westminster.
O momento não poderia ser mais inoportuno para a recém-empossada premiê, Liz Truss, que na manhã desta quinta-feira (8) apresentou ao Parlamento seu plano de 150 bilhões de libras ajudar a população a lidar com a alta nos custos de energia, provocada pela invasão da Rússia à Ucrânia.
O pacote de auxílio também inclui um projeto para aumentar a produção interna de petróleo e gás — incluindo o uso do método de fraturamento hidráulico (“Fracking”) para gás de xisto — e mudanças no mercado de energia. Uma “garantia de preço de energia” limita as médias anuais das contas domésticas de energia a 2,5 mil libras nos próximos dois anos.
A enorme intervenção do governo pretende criar um ambiente mais favorável no país até 2024, quando acontecem as próximas eleições gerais no país. O governo pretende financiar o pacote por meio de empréstimos, ao invés de pedir às empresas de energia que contribuam com impostos mais altos – uma política defendida pela oposição trabalhista e pela União Europeia.
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