Negociando ‘ações memes’ da varejista Bed Bath & Beyond, estudante universitário ganha US$ 110 milhões; veja como
Um estudante universitário norte-americano de 20 anos obteve um ganho de cerca de US$ 110 milhões ao vender uma participação na varejista Bed Bath & Beyond. O lucro extraordinário veio depois que o preço de suas ações disparou durante um mês de negociações frenéticas que lembram o boom das “ações memes” do ano passado.
Jake Freeman, formado em matemática e economia aplicada na Universidade do Sul da Califórnia, adquiriu em julho quase 5 milhões de ações da Bed Bath & Beyond, de acordo com registros regulatórios. O estudante adquiriu as ações no momento em que os resultados desanimadores e a demissão de seu presidente-executivo fizeram o preço dos papéis despencarem.
Freeman comprou sua participação por menos de US$ 5,50 por ação. Na terça-feira, a Bed Bath & Beyond subiu para mais de US$ 27 por ação. À medida que as ações subiam, Freeman vendeu mais de US$ 130 milhões em ações de suas contas TD Ameritrade e Interactive Brokers.
A venda de Freeman foi oportuna. As ações da Bed Bath & Beyond caíram mais de 20% nesta quinta-feira, depois que o investidor ativista Ryan Cohen divulgou, na noite de quarta-feira, que pretendia vender toda a sua participação de quase 12% na empresa.
“Eu certamente não esperava uma alta tão cruel”, disse Freeman em entrevista na quarta-feira. “Eu pensei que esta seria uma posição de mais de seis meses . . . Fiquei realmente chocado que subiu tão rápido.”
Depois de vender as ações, Freeman foi jantar com seus pais no subúrbio de Nova York onde moram e na quarta-feira ele voou para Los Angeles para retornar ao campus, disse ele.
A participação inicial de Freeman custou cerca de US$ 25 milhões, que, segundo ele, foram arrecadados principalmente de amigos e familiares. Ele investe há anos com seu tio, Dr. Scott Freeman, um ex-executivo farmacêutico. Os dois recentemente construíram uma participação em uma empresa farmacêutica de capital aberto chamada Mind Medicine.
Freeman também disse que estagiou por anos em um fundo de hedge de Nova Jersey, o Volaris Capital. Pouco antes de seu aniversário de 17 anos, Freeman e seu fundador, Vivek Kapoor, ex-executivo do Credit Suisse, publicaram um artigo intitulado “Irreducible Risks of Hedging a Bond with a Default Swap”.
O estudante acumulou sua posição de mais de 6% na Bed Bath & Beyond via Freeman Capital Management, um fundo registrado na cidade de Sheridan, Wyoming, de acordo com documentos públicos.
As ações da rede com sede em Nova Jersey aumentaram cinco vezes no mês passado, mesmo após o relatório de ganhos sombrio em 29 de junho. A empresa informou que as vendas caíram 25% no segundo trimestre em comparação com o mesmo período de 2021, enquanto seu prejuízo líquido aumentou de US$ 51 milhões para US$ 358 milhões. Sua posição de caixa havia diminuído para US$ 107 milhões de US$ 1 bilhão no início do ano.
A Bed Bath & Beyond é uma das poucas “ações memes” que se tornaram populares no início de 2021, mas receberam menos atenção do que a GameStop, a varejista de videogames presidida por Cohen, e a cadeia de cinema AMC.
O aumento no preço de suas ações foi impulsionado pelo interesse de investidores de varejo atraídos pelo pequeno “free float” (livre negociação no mercado) da ação e um número significativo de vendedores a descoberto apostando que o preço das ações cairia.
Essas duas características tendem a atrair o interesse de investidores de varejo que frequentam os fóruns do Reddit. Isso significa que eles podem tentar projetar um “short squeeze” (movimento brusco de aumento significativo no preço ) elevando o preço das ações e forçando os investidores profissionais a relaxar suas posições de baixa, o que apenas impulsiona ainda mais as ações.
Foi uma divulgação separada na segunda-feira de Cohen, que também é cofundador da varejista de alimentos para animais de estimação Chewy, que derrubou as ações na terça-feira. Ele revelou que havia comprado um grande número de opções de compra na Bed Bath & Beyond – derivativos que podem gerar lucros inesperados se uma ação aumentar de valor.
Com informações de agências.
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