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OCDE recomenda mais altas de juros nas principais economias
Mais aumento de juros é necessário na maioria das principais economias para baixar a inflação, recomenda a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em relatório interino sobre perspectivas econômicas globais.
“São necessários aumentos adicionais das taxas políticas na maioria das principais economias avançadas para garantir que as medidas prospectivas das taxas de juros reais se tornem positivas e que as pressões inflacionárias sejam reduzidas de forma duradoura”, diz a entidade. “Isso provavelmente envolverá um período de crescimento abaixo da tendência para ajudar a diminuir as pressões de recursos.”
A OCDE prevê que as taxas de juros aumentem para 4,5 – 4,75% nos Estados Unidos, 4,5% no Canadá e 4,25% no Reino Unido em 2023, refletindo as pressões visíveis do mercado de trabalho nesses países, e para 3,6% na Austrália.
Na área do euro, diz que o Banco Central Europeu (BCE) está enfrentando um ambiente desafiador, em meio a perspectivas incertas, mas pressões inflacionárias cada vez mais generalizadas. A OCDE estima ainda que a taxa principal de refinanciamento deverá subir para 4% em 2023, com o uso de todas as margens de flexibilidade ao reinvestir os lucros dos títulos vencidos no balanço do BCE para limitar a fragmentação financeira na área do euro.
No Japão, sua projeção é de que o Banco do Japão mantenha as taxas de juros inalteradas.
Para a OCDE, o apoio fiscal é necessário para ajudar a amortecer o impacto dos altos custos de energia nas residências e empresas. Mas que isso deve ser temporário, concentrado nos mais vulneráveis, preservar os incentivos para reduzir o consumo de energia e ser retirado à medida que as pressões sobre os preços da energia diminuem.
Sugere que ações fiscais de curto prazo para proteger o padrão de vida devem levar em conta a necessidade de evitar um estímulo adicional persistente em um momento de inflação alta e garantir a sustentabilidade fiscal.
Insiste também que os governos precisam assegurar que as metas de segurança energética e de mitigação da mudança climática sejam alinhadas.
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