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Perspectiva de investimento, emprego e lucro cresce no Brasil em outubro, diz S&P Global
Apesar dos altos níveis de incerteza causada pelo período eleitoral, o empresariado brasileiro sinalizou uma melhora da perspectiva com relação investimentos, crescimento do emprego e dos lucros, ainda que com piora na perspectiva para a produção.
É o que aponta um levantamento feito pela S&P Global, em seu relatório sobre perspectivas mundiais para os negócios, que realiza painéis com 12 mil empresários da indústria e serviços de 13 países.
Com informações colhidas antes do segundo turno no Brasil, o índice de atividade dos negócios da S&P Global para o Brasil apresentou uma nova queda em outubro para +45%, após ter tocado +52% em junho. É o menor nível de confiança desde junho de 2021. Ainda assim, está em linha com o resultado visto em 9 dos outros 12 com dados comparáveis.
A queda foi puxado pela perspectiva para a manufatura, que caiu para +46% em outubro, o menor patamar em seis anos e meio. Já a perspectiva para os serviços passou de +49% para +44%.
Por outro lado, a perspectiva para a inflação para o ano seguinte voltou aos menores patamares desde fevereiro de 2021: 36% dos entrevistados previram despesas mais altas nesse quesito, contra 53% em junho – a queda mais forte para um país da amostra no período.
As empresas brasileiras também previram desembolsos maiores com salários, ainda que a parcela delas que tenha previsto alta nos custos com estafe caiu de 42% para 37%.
Os brasileiros também se mostraram mais otimistas em relação a planos para investir em capital e pesquisa e desenvolvimento (P&D) nos próximos meses. O balanço líquido das que disseram pretender investir chegou a 18%, ao passo que a P&D subiu para 11%.
Em relação ao emprego, 31% dos painelistas também previam aumento na contratação nos próximos doze meses. O mesmo aconteceu com a perspectiva de lucratividade: 31% disseram esperar crescimento em outubro, contra 23% em junho.
“Mesmo com alto nível de incerteza no período em que os dados foram coletados, as empresas sinalizaram melhora do sentimento para diversos quesitos”, diz a diretora associada de economia da S&P Global Market, Pollyanna de Lima. “A confiança também se manteve em alta no Brasil, quando comparado aos demais países, muitos dos quais relataram receios quanto à volatilidade dos preços de energia, pressões de preço agudas e temores com a recessão.”
Por outro lado, segue a profissional, uma recessão global poderia tirar ímpeto das exportações, ao passo que o novo governo irá encontrar um espaço fiscal limitado para mitigar uma desaceleração econômica ao mesmo tempo em que tenta cumprir promessas sociais.
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