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Disney+ aumenta número de assinantes e ações sobem 4,1% após o fechamento do mercado
A Walt Disney divulgou números de assinaturas melhores do que o esperado para seu serviço de streaming Disney+ no trimestre mais recente, mostrando que conseguiu evitar uma desaceleração que afetou sua rival Netflix.
Foram 7,9 milhões de novos assinantes do Disney+, para um total de 137,7 milhões, acima dos 129,8 milhões de assinantes no trimestre anterior. Analistas consultados pela FactSet esperavam cerca de 135 milhões de assinantes na plataforma.
A maior empresa de entretenimento do mundo registrou US$ 19,25 bilhões em receita no trimestre encerrado em 2 de abril, em comparação com US$ 15,61 bilhões um ano antes. Analistas esperavam que a empresa reportasse receita de US$ 20,05 bilhões.
As vendas em sua divisão de parques temáticos e produtos de consumo — que inclui os resorts Walt Disney World e Disneyland — registraram US$ 6,65 bilhões, acima das expectativas dos analistas de US$ 6,29 bilhões.
As ações da Disney subiram 4,1% nas negociações após o expediente. A ação fechou quarta-feira em US$ 105,21, uma queda de 2,3%.
Antes da divulgação dos números, as ações da Disney estavam sendo negociadas nas mínimas de dois anos, em queda de mais de 30% no ano. As razões para a queda da Disney são três, dizem analistas: medo de uma recessão iminente, volatilidade geral do mercado de ações e Netflix.
No primeiro ano e meio da pandemia de coronavírus, o modelo de negócios de streaming de vídeo foi a alegria de Wall Street. Então, no mês passado, a Netflix registrou sua primeira perda líquida de assinantes em uma década, com cerca de 200 mil clientes puxando o plugue. Esses resultados fizeram com que as ações da Netflix caíssem quase 50%, apagando quase US$ 80 bilhões em valor de mercado da maior empresa do setor do mundo e pressionando as ações dos concorrentes.
A Disney, que lançou sua principal plataforma de streaming Disney+ apenas alguns meses antes da pandemia, e que agora a incluiu com mais entretenimento focado em adultos no Hulu e programação esportiva ao vivo na ESPN+, também colheu os frutos do fique em casa da pandemia. A mudança ajudou a compensar os fechamentos de seus parques temáticos, que eram a divisão com melhor desempenho da empresa. No trimestre mais recente, a participação nos parques da Disney se recuperou.
Mas a ênfase da empresa em seus negócios de streaming pode se tornar um ponto de pressão à medida que os consumidores mudam seu comportamento em meio à alta inflação e mais opções de onde gastar seus orçamentos de entretenimento, dizem analistas.
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