MRV&Co tem 3º tri aquém do esperado; alguns impactos são transitórios, diz Bradesco BBI
Analistas esperam que novas regras do programa Casa Verde e Amarela ajudem a empresa a apresentar resultados melhores daqui para frente
A MRV&Co não teve um bom trimestre, com números operacionais fracos, sem nenhum projeto vendido nos Estados Unidos, e queima de caixa pior do que o esperado, mas alguns dos efeitos negativos observados no terceiro trimestre devem ser temporários, avalia o Bradesco BBI, em relatório.
Os analistas Bruno Mendonça e Pedro Lobato escrevem que, no Brasil, novas regras do programa Casa Verde Amarela (CVA) devem permitir que a MRV reacelere os lançamentos e vendas já no quarto trimestre de 2022 e entregue margens melhores ao longo de 2023.
Já o consumo de caixa da aceleração da Resia, sua subsidiária americana, deve continuar, mas atenuado pela ausência de venda de projetos no trimestre, eventualmente equilibrando a geração de caixa quando produção e vendas atingirem o patamar de 5,5 mil unidades por ano, provavelmente em 2024, dizem os analistas.
Segundo eles, o risco percebido sobre o aumento da Resia em um momento de aperto nos Estados Unidos é justificável, pois as taxas de capitalização dos fundos imobiliários americanos ainda estão abaixo dos planos de negócios da Resia, mas em tendência crescente. “Ainda vemos a assimetria de valor para a MRV consolidada como positiva”, dizem, com as estimativas para Resia mantidas e atualizações positivas no Brasil.
O Bradesco BBI tem recomendação de compra par as ações da MRV&Co, com preço-alvo de R$ 17, potencial de alta de 62% ante o fechamento anterior na B3.
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