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Petrobras (PETR3; PETR4): O que pode reduzir ‘drasticamente a atratividade’ das ações?
Empresas citadas na reportagem:
Os riscos de aumento substancial em investimentos pela Petrobras (PETR3; PETR4) cresceram nas últimas semanas para além dos já prováveis e esperados aportes orgânicos e agora podem envolver aquisições de companhias como a Vibra Energia (ex-BR Distribuidora) e a Braskem, diz o UBS BB.
Os analistas Luiz Carvalho, Matheus Enfeldt e Tasso Vasconcellos escrevem que essas aquisições seriam prejudiciais para a Petrobras, não do lado financeiro, porque ela teria caixa suficiente para comprar as duas companhias, mas poderia aumentar ineficiências.
Além disso, um programa de aquisições tão robusto por parte da companhia invariavelmente reduziria o pagamento de dividendos, algo que já é algo certo que deve acontecer, diminuindo drasticamente a atratividade das ações da Petrobras para investidores.
O banco calcula que a Petrobras teria que desembolsar em torno de US$ 11 bilhões para comprar as duas empresas, levando em conta a proposta recente de R$ 47 por ação feita pela Braskem e R$ 27 por ação pela Vibra, o que não causaria alterações substanciais na alavancagem da estatal.
A compra da Vibra poderia ajudar a Petrobras a reduzir distância com o consumidor final de combustíveis, dando maior controle à companhia do preço final nas bombas, ao mesmo tempo que cria uma exposição no setor de energia renovável por conta da participação da empresa na Comerc.
Já no caso da Braskem, há incertezas sobre qual seria o caminho que a Petrobras vai tomar, mas não há como descartar que ela cubra totalmente a oferta feita pela Adnoc e Apollo, comprando a participação da Novonor e efetivamente estatizando a companhia. Neste cenário, minoritários não teriam “tag along” porque não teria mudança no controle.
O UBS BB tem recomendação de venda para Petrobras, com preço-alvo em R$ 20 para as ações preferenciais. Os papéis da petroleira eram negociados estáveis na faixa de R$ 24,50 no pregão desta quarta-feira.
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