Shein: nacionalização de concorrentes internacionais pode ser positiva, diz executivo da Riachuelo (GUAR3)
A Guararapes (GUAR3), dona da Riachuelo, vê como positiva a nacionalização de eventuais “concorrentes internacionais”, segundo palavras do diretor financeiro Frederico Oldani. A declaração foi feita após pergunta de um analista de mercado, em teleconferência de resultados realizada há pouco.
O governo federal havia determinado a taxação de importados de até US$ 50, mas teria recuado após a assinar uma carta se comprometendo a produzir no Brasil e gerar 100 mil novos empregos.
A controladora da rede de moda Riachuelo avalia que a produção nacional de plataformas de moda da China poderia representar uma igualdade de condições de mercado e concorrência, beneficiando o setor. “Vemos isso como algo positivo, caso venha acontecer”, afirmou o executivo.
Ações de varejistas de moda
Nos últimos 12 meses, as ações das varejistas de roupas e acessórios viveram uma desaceleração na bolsa, não apenas pela concorrência dos players internacionais, mas por conta principalmente dos altos juros, dado que essas empresas são intensivas em capitais e a Selic alta pesa sobre o financiamento de suas atividades.
Dito, isso, as ações da Renner caíram 29%, os papéis da Arezzo desceram 14% e a Guararapes perdeu 43%.
Nesta tarde, até as 16h30, a queda em relação ao fechamento do dia anterior da Renner estava em 3,82%. A Arezzo subia 2,61%, já a Guararapes perdia 2,60%.
A C&A é exceção e tem passado por valorização nos últimos 12 meses, com alta de 19% no período e de 2,71% na tarde desta quinta até o horário mencionado.
Esforços para escoar estoques
A Riachuelo teria aplicado no primeiro trimestre deste ano um nível promocional “acima do planejado”, como parte dos esforços da companhia para escoar os estoques mais rapidamente entre as coleções.
A expectativa é de que as questões climáticas, com durante a primavera e calor acima da média histórica neste outono, não devem afetar os resultados da companhia a médio prazo.
Ainda de acordo com o executivo, a Guararapes registrou ao final do trimestre passado uma “posição de caixa confortável”, suficiente para cumprir com as obrigações financeiras assumidas a curto prazo.
Segundo a diretoria, a Guararapes deve registrar em 2023 patamares de margem similares aos do ano passado.
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