Ações da C&A disparam 27% com movimento técnico e balanço positivo do 4º tri
Investidores que alugaram papéis esperando uma queda precisam recomprar suas posições para evitar perdas, dizem analistas
As ações da C&A subiam 27% por volta das 15h desta sexta (3), cotadas em R$ 2,77, na maior valorização do mercado nesta tarde. O volume negociado de R$ 33,9 milhões já supera os R$ 22,5 milhões na sessão inteira de quinta-feira.
É o segundo dia de valorização dos papéis, que subiram 12,3% ontem, após a companhia do setor de varejo apresentar resultados de quarto trimestre acima do esperado pelo mercado.
Entre outubro e dezembro, a C&A registrou lucro líquido de R$ 212,9 milhões, alta de 37,9% em relação ao mesmo período de 2021. Já a receita avançou 4,7%, para R$ 1,95 bilhão, com vendas mesmas lojas em alta de 1% no ano.
Analistas apontam que a companhia superou o clima ameno e menos tráfego em loja para melhorar seus indicadores financeiros, mostrando desempenho consistente de vendas no período, com crescimento de margem bruta e boa geração de caixa.
Levantamento da XP publicado no fim de fevereiro apontou que 14% das ações da C&A estavam em posição vendida, ou seja, com investidores apostando na queda dos papéis, acima da média do Ibovespa para o período, de 5,1%.
Neste cenário, investidores que alugaram papéis esperando uma queda precisam recomprar suas posições para evitar perdas, o que acaba impulsionando ainda mais as ações, um movimento técnico conhecido no mercado como “short squeeze”.
Com a valorização recente, os papéis da C&A acumulam alta de 20% no ano. Nos últimos 12 meses, no entanto, a desvalorização das ações da varejista ainda está em 45,5%.
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