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Ibovespa fecha em alta e dólar cai com inflação dos EUA no radar dos investidores
A bolsa de valores hoje fechou em alta, mantendo a direção do pregão anterior, quando avançou quase 1%. Ao mesmo tempo, o dólar registrou queda ante o real.
Assim, o Ibovespa registrou alta de 0,18% no fechamento, a 118.175,97 pontos. Na máxima, o principal índice da bolsa avançou acima dos 119 mil pontos, mas perdeu fôlego durante a tarde.
Além disso, os índices relacionados aos setores de utilities (Util) e financeiro (IFNC) são alguns dos que mais subiram na bolsa de valores hoje. Registram alta de 0,96%% e 0,59%, respectivamente.
Dólar hoje
Simultaneamente, o dólar registrou queda de 0,72% em relação ao real, cotado a R$ 4,9173.
Por outro lado, no cenário internacional, a moeda se valorizou. O DXY, índice que compara o dólar com outras moedas importantes, subiu 0,05%, a 104,76 pontos.
Ações em alta da bolsa de valores hoje
As ações da Infracommerce deixaram para trás o momento ruim da terça-feira, quando caíram mais de 2% e ficaram entre as piores do dia, e emplacaram alta de mais de 15% no pregão da quarta, liderando os ganhos da sessão.
A empresa foi acompanhada a uma certa distância da construtora e incorporadora Viver e do grupo de varejo SBF, que subiram 10% e 6%, respectivamente, e também estiveram entre as maiores altas do dia. Veja a lista das cinco melhores.
- Infracommerce (IFCM3) +15,54%
- Viver (VIVR3) +10,32%
- SBF (SBFG3) +6,38%
- Alliar (AALR3) +6,21%
- Dimed (PNVL3) +4,23%
Ações em baixa
Por outro lado, a Via ficou com uma das piores perdas do dia. O grupo varejista teve o maior volume entre as piores do pregão e registrou queda de mais de 5%. Pior que a Via só a Sequoia, de logística, que perdeu mais de 6%. A Brasil Agro também teve queda acentuada. Veja a lista completa das piores quedas do dia.
- Sequoia (SEQL3) -6,06%
- Brasil Agro (AGRO3) -5,72%
- Via (VIIA3) -5,13%
- Eletromídia (ELMD3) -4,87%
- Priner (PRNR3) -4,83%
Os rankings abrangem as ações com volume acima de R$ 1 milhão no dia. As cotações foram apuradas entre as 17h20 e 17h30, depois do fechamento, mas estão sujeitas a alterações.
Bolsas mundiais na contramão do Ibovespa
Enquanto o Ibovespa avançou, as bolsas de Nova York fecharam sem sincronia, mesmo após o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de agosto dos EUA vir dentro da expectativa. Aparentemente, o indicador não eliminou, na visão do investidor americano, a expectativa de manutenção de uma política monetária restritiva por mais tempo.
O índice Dow Jones fechou com queda de 0,20%, aos 34.575,53 pontos; o S&P 500 subiu 0,12%, aos 4.467,44 pontos; e o Nasdaq teve alta de 0,29%, aos 13.813,59 pontos, atenuando parte da perda de 1,04% da véspera.
As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em queda, com Londres contrariando o movimento predominante. O clima de cautela prevaleceu diante da queda além do esperado na produção industrial da zona do euro e do Reino Unido, indicando desaceleração econômica.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,11%, aos 7536,09 pontos; em Frankfurt, o DAX caiu 0,32%, aos 15665,77 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 0,30%, aos 7230,77 pontos; em Milão o FTSE MIB teve perdas de 0,32%, aos 28494,03 pontos; em Madri, o Ibex 35 cedeu 0,25%, aos 9430,20 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,22%, aos 6139,75 pontos. As cotações são preliminares.
Inflação americana
A inflação oficial nos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,6% em agosto, em linha com a expectativa do mercado na leitura mensal, depois de ter variado 0,2% em julho. Dessa forma, a taxa acumulada em 12 meses avançou a 3,7% ante 3,2% da leitura do mês anterior.
“Se viesse acima do esperado, não faria preço para a reunião da semana que vem, mas, sim, para a próxima”, diz Thiago Avallone, especialista em câmbio da Manchester Investimentos.
“Esse CPI em linha ajuda os investidores a seguir com suas compras nos mercados de maiores riscos”, diz o especialista ao se referir a emergentes como o Brasil.
Para o estrategista-chefe da Avenue, William Castro Alves, o dado reforça a visão de que os juros devem permanecer elevados até que haja um impacto maior especialmente no núcleo, que exclui itens mais voláteis como alimentos e energia.
“Leitura da inflação mostrou números mais fortes que o esperado na leitura anual e um núcleo que também veio acima do esperado o que reacende as preocupações com a resiliência da inflação”, diz Castro Alves.
Com informações do Estadão Conteúdo
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