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Bolsas da Europa fecham em queda com instabilidade no Reino Unido e mais aperto monetário
As bolsas da Europa fecharam com viés negativo nesta sexta-feira, repercutindo a instabilidade política no Reino Unido após a primeira-ministra Liz Truss renunciar ao cargo ao ser pressionada pela sua legenda, o Partido Conservador. Os investidores seguem se preocupando também com a possibilidade de apertos monetários mais agressivos nos principais bancos centrais.
Após ajustes, o Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,62%, a 396,29 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, subiu 0,37%, a 6.969,73 pontos, o DAX, de Frankfurt, recuou 0,29%, a 12.730,90 pontos, e o CAC 40, de Paris, perdeu 0,85%, a 6.035,39 pontos. Em Milão, o FTSE MIB fechou em queda de 0,62%, a 21.567,55 pontos.
O cenário político no Reino Unido segue bastante conturbado depois que a primeira-ministra britânica, Liz Truss, anunciou sua renúncia ontem. Truss seguirá no poder até o dia 28 de outubro, data estipulada pelo Partido Conservador para que um novo primeiro-ministro seja escolhido em uma eleição interna. Um candidato precisará de o apoio de 100 parlamentares conservadores até segunda-feira para poder participar da eleição e o ex-primeiro-ministro Boris Johnson é cotado para retornar ao cargo, assim como o ex-ministro das Finanças, Rishi Sunak.
“A situação do Reino Unido parece particularmente sombria mesmo antes de você considerar que o Partido Conservador precisa eleger um novo líder menos de dois meses depois de nomear o último”, afirmou o analista Craig Erlam da Oanda, em nota. “O fato de Boris Johnson ser cotado para retornar ao cargo resume bem o momento de confusão do partido”.
A libra chegou a cair até a mínima de US$ 1,008 durante a manhã, mas agora tem valorização de 0,35%, a US$ 1,12586, enquanto o euro avança 0,73%, a US$ 0,98518. Já o rendimento do título soberano britânico (gilt) de dez anos sobe de 4,050% do fechamento anterior para 4,086% hoje.
No front dos dados divulgados hoje, as vendas no varejo caíram 1,4% no mês de setembro no Reino Unido, depois de uma queda revisada de 1,7% em agosto, de acordo com dados do Escritório de Estatísticas Nacionais (ONS, na sigla em inglês). Os economistas consultados pelo “The Wall Street Journal” esperavam que as vendas no varejo caíssem 0,5%.
Os altos preços de energia continuam na pauta de todo o continente europeu. Em uma reunião em Bruxelas, líderes da União Europeia (EU) discutem sobre a possibilidade de encontrarem um teto para os preços de gás natural. O bloco europeu quer encontrar soluções para enfrentar a crise energética provocada pela guerra entre Rússia e Ucrânia.
O Conselho Europeu divulgou um conjunto de conclusões na manhã de sexta-feira dizendo que os líderes concordaram em acelerar seus esforços para reduzir a demanda de energia, garantir o abastecimento e reduzir os preços.
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