A ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, realizada em 25 e 26 de janeiro, indica que os integrantes do BC americano discutiram uma aceleração do ritmo de aperto monetário, em meio ao desconforto crescente com a inflação acelerada nos EUA.
“A maioria dos participantes sugeriu que um ritmo mais rápido de elevações na meta para a taxa dos Fed Funds do que no período pós-2015 provavelmente seria justificada, caso a economia evolua em linha com as expectativas”, diz a ata, divulgada há pouco pela autoridade monetária.
Na ata, a comunicação de que o Fed se compromete a usar “toda a gama de ferramentas para dar suporte à economia” foi retirada para refletir o fato de que uma alta dos juros seria apropriada “em breve”, caso a inflação permaneça elevada.
Os integrantes do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) não chegaram a detalhar um plano para a iminente redução do amplo balanço de ativos do Fed, mas indicaram que “as atuais condições econômicas e financeiras provavelmente justificam um ritmo de redução do balanço mais rápido do que a redução no período entre 2017 e 2019”.
De acordo com a ata, ‘alguns’ dos integrantes favoreciam também uma aceleração do ritmo de redução das compras de ativos, para que o programa acabasse antes de março.
Os integrantes continuam avaliando os riscos relacionados à inflação como enviesados a favor de uma inflação mais alta do que o esperado, e que a elevação dos juros pode ter que ser acelerada caso a inflação permaneça elevada. Mas eles disseram esperar também que o impacto “principal” da variante ômicron ficasse contido ao primeiro trimestre de 2022.
Os participantes da reunião disseram avaliar que o mercado de trabalho americano já estava na condição de pleno emprego ou bem perto dela. Os membros do BC americano disseram no passado que um mercado de trabalho pelo menos próximo do pleno emprego seria uma condição a ser satisfeita para que eles possam apertar a política monetária.