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Fundo Verde, de Stuhlberger, aposta na Bolsa e zera posição em real
O fundo multimercados Verde, da gestora criada por Luis Stuhlberger, vê um acirramento da campanha eleitoral à frente, com o presidente Jair Bolsonaro (PL) reduzindo a desvantagem em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na disputa pelo Planalto.
“Acreditamos que um estreitamento da diferença entre os dois candidatos é bastante provável nos próximos dois meses, num fenômeno típico de incumbente buscando reeleição”, afirma o relatório de gestão do fundo referente a julho. “Será interessante acompanhar a leitura dos mercados para tal fenômeno.”
Na semana passada, Stuhlberger disse que pode haver um efeito “república de bananas” caso Lula vença Bolsonaro por uma margem estreita. O gestor afirmou não saber precificar câmbio e Bolsa e disse que pode haver uma crise de duas a três semanas no mercado se esse cenário se materializar.
Por ora, no entanto, o Verde afirma em sua carta mensal que houve uma melhora nos mercados externo e local no mês passado. O fundo encerrou julho com valorização de 1,54%, ante 1,03% do CDI. No acumulado do ano, a carteira ganhou 9,25%.
Em julho, o fundo liderado por Stuhlberger zerou a posição comprada em reais e se manteve na bolsa brasileira. Também continuou comprado em inflação implícita no país. Ao mesmo tempo, aproveitou o rali nos mercados para reduzir a alocação em bolsa global e aumentou a aposta em juros nos Estados Unidos.
“O fato de termos aumentado risco em bolsa e crédito em junho contribuiu de maneira importante para performance do fundo neste mês, apesar das perdas nas posições tomadas em juro”, diz o fundo.
Segundo o Verde, a melhora dos mercados que começou a aparecer no fim de junho intensificou-se no mês passado e nos primeiros dias de agosto, e há duas razões para isso.
Uma delas é que o mercado estava exageradamente negativo, “fazendo com que qualquer pequena melhora provocasse um rally desproporcional à mudança de fundamentos”. A outra é a percepção de que as taxas de juro de longo prazo nos Estados Unidos chegaram ao pico. No mercado brasileiro, a redução do ruído, com os políticos concentrando forças na corrida eleitoral, também ajudou.
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