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Goldman Sachs vê dólar em R$ 5,20 em três meses e em R$ 5,00 no fim de 2023
Embora o real tenha evitado a volatilidade relacionada às eleições antes do pleito, a instabilidade da moeda brasileira aumentou após o resultado eleitoral, na medida em que os mercados voltaram a se concentrar no potencial mix de políticas do Brasil no governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Consequentemente, os investidores de câmbio terão de estar atentos aos principais riscos no curto prazo e devem estar cientes do risco de cauda, que, embora não seja nosso cenário-base, um passo em falso significativo do próximo governo, particularmente no front fiscal, poderia ofuscar o ambiente global favorável à moeda brasileira”, apontam os estrategistas do Goldman Sachs.
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Em relatório enviado a clientes, o banco americano projeta o dólar em R$ 5,20 nos horizontes de três meses e de seis meses à frente e espera que, em 12 meses, a moeda americana seja negociada a R$ 5,00. “O real, de alta octanagem, apresenta riscos domésticos mais profundos do que o peso mexicano, mas tem mais espaço para andar se esses riscos evitarem as caudas”, escrevem os estrategistas.
“Daqui para a frente, no entanto, esperamos que o real reflita uma tensão entre mudanças nas preocupações sobre o mix de políticas do novo governo, que geralmente são acompanhadas de perto pelos investidores com conhecimento detalhado do contexto brasileiro; e uma crescente consciência de que, em um contexto global, o ‘círculo virtuoso’ do Brasil continuará atraindo investidores com mandato global”, dizem os estrategistas do Goldman Sachs, ao lembrarem que o real provavelmente deve se beneficiar do aumento dos juros reais e que a resiliência do real deve apoiar as taxas de juros locais.
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