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Mercado hoje: Ibovespa e dólar fecham em queda com foco na inflação dos EUA e nas expectativas para juros
O Ibovespa operou nesta terça-feira refletindo as expectativas dos agentes para as reuniões de decisão de juros do Brasil e dos Estados Unidos, no próximo dia 22. Ao longo do dia o humor diante do mercado brasileiro foi mudando e o estrangeiro foi tirando dinheiro do país.
Sendo assim, o índice virou nas últimas e horas e fechou em queda de 0,18% (pós ajuste), aos 102.932 pontos. Já o dólar fechou em queda de 0,23%, a R$ 5,2563.
No exterior, o dado mais relevante do dia foi o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, divulgado pela manhã e em linha com as projeções. A turbulência no setor financeiro continua, assim como seus possíveis impactos em ações e nas taxas futuras de juros.
Os principais índices de Wall Street fecharam em alta diante do realinhamento de expectativas em relação à próxima elevação da taxa de juros pelo Federal Reserve (banco central americano).
Dow Jones: +1,05%
S&P 500: +1,67%
Nasdaq: +2,14%
Commodities
Entre as commodities, o petróleo, que ontem teve fortes perdas e pesou sobre empresas do setor, ainda opera com recuo pela manhã.
O Brent – utilizado pela Petrobras como referência de preços – fechou em queda de 4,11%, a US$ 77,45 o barril.
O minério de ferro também fechou em baixa na bolsa de Dalian, recuando 0,2%, aos 920 yuans (cerca de US$ 134) a tonelada.
Contrato de ouro para entrega em abril fechou em queda de 0,29%, a US$ 1.910,90 por onça-troy.
Inflação nos EUA
O CPI dos EUA subiu 0,4% em fevereiro ante janeiro, em linha com expectativas. O núcleo do indicador subiu 0,5% na mesma comparação, ante expectativa de 0,4%. No acumulado de 12 meses, as altas foram de 6% e 5,5%, respectivamente, ambas em linha com as expectativas.
O mercado aguardava o índice porque ele deve ser importante para a próxima decisão de juros do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), no dia 22.
Nos últimos dias, o Fed tem permanecido no radar de investidores. Desde a quebra do Silicon Valley Bank (SVB) e do Signature Bank, agentes econômicos modificaram as apostas para as próximas decisões da autoridade monetária e passaram a acreditar em aperto mais suave, ou mesmo numa pausa no ciclo de alta de juros.
Antes da turbulência no setor financeiro americano, a expectativa era que a instituição acelerasse o ritmo de alta, já que a inflação permanecia resiliente e o mercado de trabalho, apertado.
A mudança nas expectativas fez os juros futuros americanos e brasileiros despencarem ontem, o que ajudou companhias sensíveis a essas taxas na bolsa, em setores como varejo, construção e tecnologia.
Mesmo assim, a queda dos papéis de bancos e das ações ligadas ao petróleo fizeram o Ibovespa terminar o dia de ontem no campo negativo.
Corporativo
Em relação aos balanços do dia, a Eletrobras reverteu lucro e registrou prejuízo líquido de R$ 479 milhões no quarto trimestre de 2022. A Natura & Co saiu de lucro para prejuízo líquido de R$ 890 milhões quarto trimestre.
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