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Risco no radar: tensão entre China e EUA derruba bolsas na Ásia
As bolsas asiáticas fecharam em queda nesta terça-feira, principalmente impulsionadas pelas tensões geopolíticas envolvendo a possível visita da presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, a Taiwan, país que é considerado pela China como parte de seu território. Pequim já sinalizou que pode responder militarmente caso a visita da deputada americana se concretize.
Em Tóquio, o índice de referência Nikkei 225 fechou a terça-feira em queda de 1,42%, a 27.594,73 pontos com as ações do setor de energia e da indústria farmacêutica liderando as perdas, em meio a preocupações com as perspectivas econômicas. A Komatsu recuou 4% enquanto a Mitsui & Co. perdeu 4% e Daiichi Sankyo teve queda de 5%.
A presidente da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos, Nancy Pelosi, já está no continente asiático. A deputada americana deve viajar a Taiwan, mesmo após ameaças de uma escalada militar da China, que considera que o país faz parte de seu território.
Na bolsa de Seul, o índice de referência Kospi encerrou a sessão com queda de 0,52%, a 2.439,62 pontos, encerrando a sequência de seis sessões consecutivas em território positivo.
A taxa de inflação do país atingiu uma alta de quase 24 anos em julho, abrindo caminho para mais aperto monetário no país. As tensões entre Estados Unidos e China sobre a visita planejada de Nancy Pelosi, a Taiwan também pesou no sentimento dos investidores.
Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve queda de 2,36%, a 19.689,21 pontos no fechamento da sessão, seu nível diário mais baixo desde meados de maio, impulsionado por preocupações geopolíticas na região por conta da relação entre China e Estados Unidos.
O sentimento em relação ao setor imobiliário permaneceu pessimista em meio às expectativas de vendas fracas de imóveis em julho, com a Country Garden Holdings caindo 6,5% e o Longfor Group terminando 4,7% abaixo.
Na China Continental, o índice Xangai Composto fechou em queda de 2,26%, a 3.186,2664 pontos, principalmente em virtude da visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, Nancy Pelosi, a Ásia. A deputada, que está na Malásia, sinalizou que deve visitar Taiwan, país que a China considera como parte de seu território.
“Juntamente com a covid-19 e os riscos de medidas restritivas em Pequim, um clima de cautela ainda parece persistir nas ações chinesas por enquanto”, afirmou o estrategista de mercado do IG, Yeap Jun Rong, em nota.
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