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Veja quem são os 27 senadores eleitos em 2022; cinco ex-ministros de Jair Bolsonaro estão na lista
O Senado Federal ganhou novas representações nestas eleições. No domingo, eleitores de 26 Estados e do Distrito Federal saíram às ruas para confidenciarem votos em representantes, e há claros vitoriosos.
Como é de se esperar da polarização que envolve a disputa para presidente, com o duelo entre Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva, PL e PT, os partidos que representam o presidente e o ex-presidente, aumentaram suas bancadas e são claros vencedores destas eleições.
O União Brasil e PP, partidos que estão dentro do grupo conhecido como “centrão” no Congresso, o também cresceram nesta disputa. Por outro lado, as siglas da terceira via perderam cadeiras e parlamentares experientes. O PSDB não deve contar com a presença de José Serra (PSDB-SP) e Tasso Jereissati (PSDB-CE) em 2023, pelo encerramento de seus mandatos. Já o MDB perde Fernando Bezerra (MDB-PE), ex-líder do governo Bolsonaro no Senado, e Rose de Freitas (MDB-ES).
Bancada do PL e aliados no Senado
O PL elegeu oito dos 27 Senadores da República no pleito deste domingo. Assim, a bancada do partido do presidente, cujo chefe é Valdemar Costa Neto (Republicanos-TO), tornou-se a maior da casa, com 13 cadeiras no total, segundo dados compilados pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e pela agência de notícias Reuters.
Foram eleitos senadores pelo PL:
- Jaime Bagattoli, por Roraima (PL-RO)
- Rogério Marinho, pelo Rio Grande do Norte (PL-RN)
- Wilder Moraes, por Goiás (PL-GO)
- Wellington Fagundes, reeleito por Mato Grosso (PL-MT)
- Magno Malta, pelo Espírito Santo (PL-ES)
- Romário, reeleito pelo Rio de Janeiro (PL-RJ)
- Marcos Pontes, por São Paulo (PL-SP)
- Jorge Seif, por Santa Catarina (PL-SC)
O capital político do partido aumentou substancialmente, considerando que o desempenho nas eleições de deputado federal também foi positivo — o PL elegeu 99 deputados federais, a maior bancada da Câmara dos Deputados.
Com dois senadores eleitos no domingo, bancada do Republicanos, aliado do PL, também aumentou. Com isso, a sigla comanda três parlamentares, o que eleva ainda mais o apoio a Bolsonaro no Senado.
O PSC perde um parlamentar, mas elegeu outro: Luiz Carlos do Carmo (PSC-GO) deixa a casa, e Cleitinho (PSC-MG), eleito em Minas Gerais, assume a cadeira do partido.
Cinco ex-ministros de Bolsonaro estão no Senado
Dentre os eleitos ao Senado, estão cinco ex-ministros, de Jair Bolsonaro. São eles:
- Damares Alves (Republicanos), ex-ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, eleita senadora pelo Distrito Federal (DF);
- Rogério Marinho (PL), ex-Ministro de Desenvolvimento Regional e eleito senador pelo Rio Grande do Norte (RN);
- Marcos Pontes (PL), ex-ministro da Tecnologia, Ciência e Inovação, eleito senador por São Paulo (SP);
- Tereza Cristina (PP), ex-ministra da Agricultura e eleita senadora pelo Mato Grosso do Sul (MS);
- Sergio Moro (União), ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e eleito senador pelo Paraná (PR).
Vale lembrar que Sergio Moro rompeu com o governo Bolsonaro após acusar o presidente de interferir na Polícia Federal. No entanto, o candidato do União Brasil, na reta final da disputa ao Senado, sinalizou simpatia ao mandatário, inclusive com santinhos de campanha que apoiavam o voto nele e em Bolsonaro.
O vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) também garantiu vaga ao Senado e deve somar à tropa de choque do presidente na casa. O ex-secretário de aquicultura e pesca, Jorge Seif, eleito por SC, é outro apoiador ferrenho do presidente.
Bancada do PT e aliados no Senado
O PT elegeu quatro representantes para o Senado em 2022, sendo três para a região Nordeste, onde também venceu as eleições federais por unanimidade entre os Estados, e um pelo Norte. São eles:
- Beto Faro, eleito pelo Pará (PT-PA)
- Camilo Santana, ex-governador do Ceará eleito pelo Estado (PT-CE)
- Teresa Leitão, eleita por Pernambuco (PT-PE)
- Wellington Dias, eleito pelo Piauí (PT-PI)
Com quatro cadeiras conquistadas pelo PT, a bancada ganha espaço no Senado, mas fica em quinto lugar na proporção de parlamentares. Isso porque dois senadores petistas devem deixar suas cadeiras em 2023, quando seus mandatos terminam: Jean Paul Prates (PT-RN) e Paulo Rocha (PT-PA).
De partidos aliados ao PT no Senado, apenas o PSB elegeu um senador no domingo. Flávio Dino, ex-governador do Maranhão, será a única cadeira da sigla. O atual representante do partido, Dario Berger, deve deixar o cargo em 2023, que é quando seu mandato acaba.
Bancadas de União Brasil e PP no Senado
A segunda maior bancada ficou com o União Brasil, partido oriundo da fusão entre o PSL, antigo partido de Bolsonaro, com o Democratas. A sigla é conhecida por transitar no chamado “centrão” de partidos fisiológicos, e emplacou a candidata Soraya Thronicke (União-MT) à Presidência da República no primeiro turno. Ela, inclusive, deve permanecer no Senado até o fim de seu mandato, em 2027.
Além de Sergio Moro, os senadores eleitos pelo União Brasil em 2022 são:
- Alan Rick, eleito pelo Acre (União-AC)
- Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado e reeleito pelo Amapá (União-AP)
- Professora Dorinha, eleita por Tocantins (União-TO)
- Efraim Filho, eleito pela Paraíba (União-PB)
Com a conquista de quatro novas vagas e a reeleição de Alcolumbre, a bancada do União Brasil ao Senado tem 12 parlamentares.
Resta saber a quem o União Brasil dará apoio no segundo turno. Soraya Thronicke, a presidenciável da sigla, sinalizou que o apoio a Lula ou Bolsonaro ficará a cargo do partido. Ela chegou em quinto lugar na corrida para presidente, com 0,51% dos votos totais.
O PP também conquistou mais três cadeiras nestas eleições ao Senado. Foram eleitos pela sigla, além da ex-ministra Tereza Cristina:
- Laércio Oliveira, por Sergipe (PP-SE)
- Hiran Gonçalves, eleito por Roraima (PP-RR)
Com a conquista de três cadeiras para o Senado, a bancada compensa pelas perdas de Kátia Abreu, que fracassou na tentativa de reeleição por Tocantins, e Maliza Gomes, que foi eleita vice-governadora do acre na chapa de Gladson Cameli (PP-AC).
Derretimento de MDB e PSDB no Senado
Quem não se deu bem nestas eleições ao Senado foram os partidos que compõem a chamada terceira via. MDB e PSDB tiveram encolhimento de suas bancadas na casa, sendo que a sigla da candidata Simone Tebet elegeu apenas um novo senador.
A própria Tebet deve deixar o Senado porque seu mandato se encerra no ano que vem, o que justifica a candidatura à Presidência.
O balanço do MDB no Senado é negativo. O partido deve perder três parlamentares para o ano que vem os mandatos:
- Rose de Freitas (MDB-ES)
- Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE)
- Nilda Gondim (MDB-PB)
Ainda há o caso de Eduardo Braga (AM-MDB), que está na disputa para governador do Amazonas e foi ao segundo turno contra Wilson Lima, candidato à reeleição no Estado. Em caso de vitória de Braga, o MDB perde mais um senador, mas ganha o governo do Amazonas. Se ele perder a corrida, volta como senador pelo partido até 2027.
O MDB elegeu apenas um representante ao Senado nestas eleições: Renan Filho, por Alagoas (AL-MDB). Como sugere o nome, o parlamentar é filho de Renan Calheiros, cacique do MDB que é favorável a Lula.
Já o PSDB não elegeu nenhum representante ao Senado. A bancada deve continuar com três senadores em 2023:
- Mara Gabrili (PSDB-SP), candidata a vice-presidente na chapa de Simone Tebet
- Izalci Lucas (PSDB-DF),
- Alessandro Vieira (PSDB-PE)
Os dois últimos candidatos disputaram vagas ao governo estadual, mas não conseguiram se eleger. Mais do que a perda de uma cadeira no Senado, dois membros de prestígio do PSDB devem deixar a bancada do partido: José Serra (PSDB-SP), que não conseguiu se eleger a deputado federal, e Tasso Jereissati, que não concorreu a nenhum cargo neste ano. Ele disputou as prévias da sigla para a corrida presidencial contra o ex-governador de São Paulo, João Dória, mas foi derrotado.
Lista de Senadores eleitos em 2022
A lista de Senadores eleitos completa é a seguinte:
Norte
- Alan Rick (União-AC)
- Davi Alcolumbre (União-AP)
- Omar Aziz (PSD-AM)
- Hiran Gonçalves (PP-RR)
- Beto Faro (PT-PA)
- Jaime Bagattoli (PL-RO)
- Professora Dorinha (União-TO)
Nordeste
- Renan Filho (AL-MDB)
- Otto Alencar (PSD-BA)
- Flávio Dino (PSB-MA)
- Efraim Filho (União-PB)
- Camilo Santana (PT-CE)
- Teresa Leitão (PT-PE)
- Wellington Dias (PT-PI)
- Laércio Oliveira (PP-SE)
- Rogério Marinho (PL-RN)
Centro-Oeste
- Tereza Cristina (PP-MS)
- Wellington Fagundes, (PL-MT)
- Damares Alves (Republicanos-DF)
- Wilder Morais (PL-GO)
Sudeste
- Magno Malta (PL-ES)
- Romário (PL-RJ)
- Marcos Pontes (PL-SP)
- Cleitinho (MG-PSC)
Sul
- Sergio Moro (União-PR)
- Hamilton Mourão (Republicanos-RS)
- Jorge Seif (PL-SC)
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