Fernando Henrique Cardoso declara apoio a Lula no segundo turno
O ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso declarou apoio ao candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo turno das eleições presidenciais de 2022. O político postou uma mensagem nas redes sociais declarando voto no petista.
FHC é tido como um do líderes do PSDB, e ajudou a fundar o partido ao lado de José Serra, que também declarou voto em Lula, Mario Covas, Franco Montoro e Sérgio Motta. O apoio do ex-presidente tucano chega em um momento onde a sigla está dividida, com o pronunciamento do governador de São Paulo Rodrigo Garcia de voto em Bolsonaro no segundo turno. Garcia foi candidato à reeleição do Executivo estadual pelo PSDB, mas foi derrotado por Tarcísio de Freitas (Republicanos), a quem também vai apoiar no segundo turno.
“Neste segundo turno voto por uma história de luta e democracia e inclusão social. Voto em Luiz Inácio Lula da Silva”, escreveu o tucano nas redes sociais. A postagem contém fotos dele em encontros com o petista.
Lula vai disputar o segundo turno das eleições contra Jair Bolsonaro (PL). No domingo, o candidato do PT teve 48,4% dos votos totais, contra 43,2% do atual presidente. A diferença de voto entre o primeiro e o segundo colocado é de 6.167.159 votos. Simone Tebet (MDB) teve 4,16% dos votos, enquanto Ciro Gomes (PDT) conquistou 3,04%.
História de FHC e Lula
Fernando Henrique e Lula são velhos conhecidos do xadrez político. Em 1978, época da ditadura no Brasil, o tucano disputou as eleições gerais estaduais por São Paulo, se candidatando a Senador. Ele contou com apoio do petista, uma das principais lideranças sindicais do período.
Lula e FHC foram adversários nas eleições para presidente de 1994. O tucano ganhou a disputa no primeiro turno, que teve o petista como segundo colocado. Novamente, quatro anos depois, os dois se enfrentariam na campanha presidencial; Fernando Henrique disputava a reeleição, enquanto Lula tentava chegar ao primeiro mandato. FHC, de novo, ganhou no primeiro turno.
Lula seria eleito em 2002, enfrentando um dos caciques do PSDB e fundador do partido, José Serra. O ex-presidente do PT se elegeu novamente em 2006.
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