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IF Hoje: Eleições ganham mais atenção do mercado com Meirelles e pesquisa
Se até agora as eleições deste ano eram um assunto menor para o mercado financeiro brasileiro, nesta segunda-feira (19) passaram ao centro das atenções.
Primeiro, com a demonstração de habilidade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tenta voltar ao Planalto. Em ato de apoio à sua campanha, Lula reuniu ex-candidatos à Presidência de todo o espectro político. Participaram seu atual vice, Geraldo Alckmin (PSB), postulante à chefia do Poder Executivo em 2006 e 2018; Fernando Haddad (PT), candidato em 2018; Marina Silva (Rede), candidata em 2010, 2014 e 2018; Guilherme Boulos (PSOL), candidato em 2018; Cristovam Buarque (Cidadania), candidato em 2006; Luciana Genro (PSOL), candidata em 2014; e João Goulart Filho (PCdoB), candidato em 2018.
Porém, quem mais repercutiu foi Henrique Meirelles, presidente do Banco Central no governo do próprio Lula e candidato à Presidência em 2018. O endosso do executivo, que recentemente atuou como secretário da Fazenda do estado de São Paulo, é muito valorizado por investidores e empresários, que temem que a condução da economia em um eventual novo governo Lula seja muito à esquerda.
Não precisou nem de uma indicação de que Meirelles será um possível membro do gabinete. O Ibovespa, principal índice acionário da Bolsa de Valores B3, subiu 2,33% e o dólar comercial teve desvalorização de 1,79% ante o real. Lula marcou uma conversa com o seu ex-ministro na qual, espera-se, pode discutir uma efetiva participação de Meirelles na gestão.
À noite, uma nova edição da pesquisa de intenção de votos realizada pelo Ipec (antigo Ibope) trouxe perspectivas boas para Lula e ruins para o atual mandatário, Jair Bolsonaro (PL).
Lula aparece com 47% das intenções de voto e Bolsonaro, com 31%. Em relação ao levantamento anterior do Ipec, de 9 de setembro, Lula passou de 46% para 47%; Bolsonaro se manteve com o mesmo percentual de então. Segundo o Ipec, essas movimentações significam estabilidade na liderança da corrida eleitoral.
O levantamento também aponta que Bolsonaro é desaprovado por 59% do eleitorado, enquanto 36% o aprovam. Em relação à pesquisa anterior, o percentual dos que reprovam Bolsonaro segue o mesmo. Já o dos que o aprovam oscilou um ponto para cima. É esse índice de reejeição que está impedindo Bolsonaro de avançar nas intenções de voto. Quanto a Lula, 33% dos entrevistados disseram que não votariam nele de jeito nenhum.
Neste momento, o mercado acompanha com atenção duas questões específicas relativas aos candidatos que lideram o páreo. Sobre Lula, a divulgação de mais detalhes do seu ministério e de como vai administrar a economia. Sobre Bolsonaro, a possibilidade da criação de mais medidas econômicas eleitoreiras, como a concessão de novos benefícios financeiros. Se houver, será desaprovada pelos investidores, que temem os efeitos inflacionários e o descontrole fiscal.
Agenda do dia
- 14h – Zona do Euro: Discurso de Christine Lagarde, presidente do BCE (Banco Central Europeu)
- S/h – Brasil e EUA: Início das reuniões das respectivas autoridades monetárias para discutir os juros
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