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Mulheres: como elas estão investindo hoje?

As mulheres têm ocupado cada vez mais o papel de destaque em ambientes e cargos que um dia foram designados como estritamente masculinos.

Mas, nos investimentos, o cenário não é o melhor. Segundo dados da Anbima, 72% das mulheres ainda não investem.

O motivo? Temos três: – A falta de dinheiro, que impede 62% delas; – O desconhecimento do mundo dos investimentos, que é visto socialmente como masculino; – A responsabilidade de cuidar de cônjuges e filhos.

Metade das mulheres brasileiras são responsáveis financeiramente pelos filhos e 35% pelo cônjuge. Logo, ela dificilmente vai arriscar sua estabilidade financeira.

Ao mesmo tempo, o medo de perder a estabilidade a principal razão para elas terem um perfil investidor comum: o conservador.

Para Bia Santos, CEO da Barkus, as mulheres optam mais por investimentos em renda fixa e pela diversificação.

Perfil de segurança

Thatiana Faria, 38, gerente de comunicação do Grupo Comerc Energia, começou a investir em uma poupança criada pelos pais aos 9 anos.

Seu investimentos de verdade começaram durante o estágio em uma empresa que lhe apresentou à previdência privada.

Hoje, ela investe na Comerc, possui uma reserva de emergência no Tesouro Direto, em Fundos Imobiliários e algumas ações na Bolsa.

Outra característica da investidora atual é a autocobrança e a insegurança com seu conhecimento sobre o setor.

Investir? Sim, mas só quando tiver certeza

No caso da Mônica Meyer Serra Zimpeck, 64, aposentada do serviço público estadual do Rio de Janeiro, não é diferente.

Começou a investir após o falecimento do marido e, autodidata, começou a estudar na internet sobre como investir e não parou mais. 

Hoje, ela tem uma carteira bem variada: investe em ações brasileiras, americanas, ETF, Tesouro Direto IPCA+ e Selic e CDB de liquidez a curto prazo. 

Com o foco nos estudos, Mônica não investe até entender plenamente sobre o assunto e se sentir segura no processo, como a maioria das mulheres brasileiras.

Por mais que existam exemplos de mulheres investidoras, como a Thatiana e a Mônica, elas ainda são a minoria.

O círculo social: um processo

Algumas mulheres ainda acreditam que investir é o oposto de aproveitar a vida. Mas, é um tipo de pensamento tem mudado gradualmente.

Mas, é importante que comportamentos financeiros saudáveis sejam disseminados, principalmente por meio da educação.

Classe social é impeditivo para a mulher investir

Mesmo entre os 28% de mulheres que investem, há um recorte de classe. Segundo Bia, as que investem fazem parte das classes A, B e C.

"Quando pensamos nas classes D e E, a falta de recurso é comum, o que faz com que essa população priorize a compra de itens mais necessários do que o investimento deles no médio e longo prazo”, conta Bia.

Facilitar a compreensão de conteúdos do mercado financeiro, como acontece aqui na IF, é um ótimo passo para mudar essa realidade.

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